As ruínas da extinta Santa Casa Monsenhor Guilherme deverão se tornar patrimônio do município. Antes da demolição do prédio, construído na década de 50, havia um acordo verbal de que seria mantido um espaço memória, com resgate de parte da história com um ambiente temático, destinado a preservar, com fotos e documentos, a memória do hospital que por tantos anos foi referência na região quando o assunto era saúde.
A ideia era manter ao menos a fachada do prédio, mas após o trabalho de demolição restou apenas o pórtico que, sem nenhum suporte, veio abaixo logo depois durante um temporal. Diante disso, o Conselho Municipal de Patrimônio Cultural (Cepac) entrou com o processo de tombamento das ruínas da Santa Casa.
Uma comissão do Cepac está com a responsabilidade de preparar o processo de tombamento. “Deixa de ser patrimônio arquitetônico para ser patrimônio arqueológico do tipo arquitetônico”, explicou o presidente do Cepac, Pedro Louvain. Do levantamento das ruínas, já foram identificados vários blocos de basalto, tijolos originais e agora a equipe vai analisar as bases do sítio arqueológico do prédio da Santa Casa, que não foram destruídas.
Uma das propostas para preservação da memória seria a construção de um teatro, mas nada foi definido ainda. O projeto será elaborado pelo construtor e submetido ao conselho para avaliação. “Pelo menos as bases da Santa Casa Monsenhor Guilherme, pela sua importância histórica e cultural para o município e a ressonância comunitária deverão ser preservadas”, adiantou o presidente.
Avenida Pedro Basso é Patrimônio Cultural Imóvel de Foz do Iguaçu
Foto: Adriana Cardoso
Já a rua mais bonita da cidade agora é de todos e sua conservação, sem modificações no visual, é de responsabilidade da Secretaria de Meio Ambiente. A Avenida Pedro Basso foi tombada pelo Cepac, no trecho da avenida situado entre as ruas Rosa Cirilo de Castro e Manoel Rodrigues Filho.
A avenida foi tombada como Patrimônio Cultural Imóvel por caracterizar-se como um bem paisagístico oriundo de uma ação humana. São pouco mais de 90 árvores da espécie tipuana, considerada exótica por serem nativas da América do Sul, com destaque para o Norte da Argentina e Bolívia, e comum na arborização urbana brasileira.
O tombamento também vai interferir na sinalização do trecho. Todas as placas de particulares devem ser instaladas no sentido da via. A regra não se aplica as placas de trânsito. Já a retirada de árvores comprovadamente doentes deverá ser seguida do plantio de nova planta da mesma espécie.
Outras intervenções que venha a melhorar o espaço, como modificação das luminárias e implantação de ciclovia também serão possíveis.