O amigo que levou o estudante brasileiro de medicina no Paraguai, Ricardo Castro Rocha, até o aeroporto, falou com a produção da Rádio Cultura. Ele disse que está no país vizinho desde 2021, mas conheceu Ricardo em 2023, porque faziam parte da Liga de Bioquímica na Universidade Unida, em Ciudad del Este.
Ele contou que, junto com outro amigo, combinaram de levar o Ricardo até Foz do Iguaçu. “Ricardo disse que ia viajar para o Pará, para visitar a família. Fomos até a rodoviária, mas como ele não encontrou passagem, pediu para levá-lo até o aeroporto. Nunca comentou qualquer coisa sobre viagem para a Rússia”.
Nessa segunda-feira (22), a Polícia Federal informou que recebeu, nesta semana, comunicação oficial sobre o suposto desaparecimento do brasileiro Ricardo Castro Rocha, estudante de Medicina em uma instituição de ensino superior localizada em Ciudad del Este, Paraguai.
“O registro do desaparecimento foi realizado por seus pais junto à Polícia Civil do Paraná, em Foz do Iguaçu, bem como à Polícia Nacional Paraguaia, que conduz, em conjunto com o Ministério Público do Paraguai, as investigações sobre o caso.
A Polícia Federal esclarece que tem prestado apoio técnico às autoridades responsáveis pela apuração dos fatos e confirma, com base em informações oficiais, que o referido cidadão embarcou sozinho, com duas malas despachadas, em voo doméstico com origem em Foz do Iguaçu e destino ao Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, na manhã do dia 16 de abril. Na noite do mesmo dia, há registro de seu embarque em voo internacional com destino a Moscou, na Rússia, com escala em Doha, capital do Catar, e chegada prevista para o dia 17 de abril.
As investigações estão a cargo da Fiscalía Regional de Ciudad del Este, vinculada ao Ministério Público do Paraguai, com o apoio da Polícia Nacional Paraguaia. A Polícia Federal segue acompanhando o caso, mantendo a cooperação e o intercâmbio de informações por meio do Comando Tripartite”.
O estudante de medicina brasileiro Ricardo Castro Rocha, de 25 anos, saiu de Ciudad del Este, no Paraguai, na última a terça-feira, 15 de abril, e não fez mais contato.
Segundo entrevista dada à imprensa paraguaia pela advogada Celia Martínez, que acompanha o caso, o jovem havia informado à mãe que faria uma viagem para Assunção, capital do Paraguai. No entanto, nunca mencionou qualquer plano de ir à Rússia. Ela disse ainda, que Ricardo era um aluno exemplar e nunca teve qualquer envolvimento com drogas e bebidas.
O caso está sob responsabilidade do promotor Carlos Almada e do comissário Dario Aquino, da 2ª Delegacia de Ciudad del Este, que atuam com urgência para localizar o estudante e entender se há envolvimento de organização criminosa no caso. Até o momento, nenhuma pista concreta foi divulgada, mas as autoridades seguem com as investigações.