Uma pesquisa inédita que traça o perfil socioeconômico detalhado da população paranaense está sendo realizada por pesquisadores contratados pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes). Durante esta semana moradores de Foz do Iguaçu, escolhidos por amostragem, além de dezenas de cidades no estado, serão entrevistados.
A PAD-PR é o maior levantamento já conduzido por um governo estadual sobre o perfil socioeconômico da população. No Paraná, a abrangência é três vezes maior do que a da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Enquanto o levantamento nacional abrange cerca de 20 mil paranaenses, a PAD-PR entrevistará moradores de 60 mil domicílios em todas as regiões do Paraná até o fim de junho.
“Como consequência desse trabalho mais minucioso, teremos uma gama maior de informações e indicadores socioeconômicos, com resultados mais nítidos e definidos referentes à população paranaense”, explicou o presidente do Ipardes, Jorge Callado.
Segundo ele, as informações servirão de base para o Governo do Estado, mas também para empresas que pretendem se instalar ou expandir as suas atividades no Paraná, dentro da política estadual de atração de investimentos.
“Os resultados serão úteis para que o poder público possa rever as suas políticas públicas a partir das necessidades e potencialidades regionais identificadas na pesquisa, mas também para a iniciativa privada, que poderá investir em novos negócios e empreendimentos alinhados às dinâmicas de cada região”, afirmou.
A realização da PAD-PR é financiada com recursos do Fundo Paraná, gerido pela Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), e que conta com 2% da receita tributária anual do Governo do Estado.
O plano é que as informações sobre o perfil dos paranaenses sejam compiladas até o final de 2025. Na sequência, os dados poderão ser consultados em um painel interativo, com relatórios, tabelas e gráficos estatísticos no site do Ipardes.
As entrevistas duram de 10 a 15 minutos, em média, e os profissionais são identificados com coletes do Ipardes, crachá com foto e informativos sobre a pesquisa. Durante as abordagens, são coletadas informações como condições de moradia, trabalho, renda, nível de escolaridade, hábitos e condições alimentares.
O preenchimento das informações acontece de forma anônima, sem identificação de cada entrevistado, e as informações são protegidas pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), com uso exclusivo para fins estatísticos. De acordo com o Ipardes, a participação da população é fundamental para que a pesquisa seja bem-sucedida, contemplando todas as particularidades das diferentes regiões do Estado.