Neste sábado (22), a bebê Nicole recebeu alta. Ela estava internada desde o dia 18 de fevereiro, quando foi salva por bombeiros, após se afogar na piscina de casa e ficar 6 minutos submersa. Na redes sociais, os pais agradecem todo apoio recebido durante o período que a filha ficou internada.
Eles ressaltaram que não estão recebendo visitas para garantir a imunidade da bebê. “Nesse momento, para garantirmos sua plena recuperação e protegermos sua imunidade, ainda não estaremos recebendo visitas. Assim que for possível, avisaremos e organizaremos os encontros para que possam vê-la e celebrar essa vitória conosco”, diz a postagem.
Quadro de saúde
Em nota na tarde deste domingo (23), o Hospital Itamed informou que a paciente apresenta um quadro neurológico compatível com insulto hipóxico-isquêmico (lesão cerebral causada por uma falta de oxigênio ou de fluxo sanguíneo ao cérebro) de difícil mensuração à longo prazo.
Além disso, ela apresenta respiração em ar ambiente através de traqueostomia, e alimentação por gastrotomia. “Paciente não apresentando indicação de terapia intensiva, teve alta deste hospital com transferência para o hospital municipal, com orientação para a família” finaliza a nota.
Caso
O caso repercutiu em todo o Brasil porque câmeras de segurança registraram toda mobilização dos agentes que fizeram o salvamento. As imagens foram compartilhadas pelo 9° Batalhão de Bombeiro Militares. A criança foi levada pelos pais até à sede do Corpo de Bombeiros da Vila A, auxiliados por uma viatura da PM, onde recebeu os primeiros socorros. As manobras de reversão do afogamento foram imediatamente iniciadas assim que ela chegou, ainda no pátio do batalhão.
O salvamento
No dia 18 de fevereiro, vítima se afogou na piscina de sua casa e ficou cerca de seis minutos submersa. A criança foi levada pelos pais até à sede do Corpo de Bombeiros da Vila A, auxiliados por uma viatura da PM, onde recebeu os primeiros socorros. As manobras de reversão do afogamento foram imediatamente iniciadas assim que a criança chegou, ainda no pátio do batalhão. O Cabo Jairo, responsável pelo salvamento, contou para a Rádio Cultura como foi o trabalho.
“Normalmente nós vamos até a vítima, nesse caso tem uma pressão psicológica ainda maior, porque foi uma busca espontânea, não tocou sirene, não teve ligação, a vítima chegou lá escoltada” relatou o Cabo Jairo. “Por uma questão de destino, fui testar o caminhão, escutei a sirene (da Polícia Militar), quando o portão foi abrindo devagar, eu vi o veículo particular imaginei que seria uma ocorrência” contou.
“Fui correndo, quando vi a criancinha desfalecida nos braços do pai, com o lábio cianótico (roxo), indicado que estava em hipóxia (falta de oxigenação), a pele fria por causa da água, então a hipotermia já é algo ruim” contou. “Quando peguei lá fora, pensei tenho que colocar essa criança rapidamente em um lugar plano, então levei ela para dentro do quartel, coloquei ela no chão, fiz a elevação para liberar as vias áreas, olhei na boquinha dela pra ver se tinha alguma comidinha, ou algum objeto, não tinha” disse.
“Fechei o narizinho dela fiz duas, três, quatro, cinco insuflações ela não retornou” continuou. “Mas nessas insuflações, saiu muita água, coisa de filme, saiu muita água com comida, então lateralizei ela para o lado direito, voltei com mais duas insuflações e 30 manobras” pontuou. “Quando eu recebi, a ambulância estava fora, então fiz toda a parte de boca a boca, quando eles chegaram já pedi o ambu (balão de oxigênio) e pedi um desfibrilador, então chegou a médica rapidamente e salvamos a bebê” finalizou.