A comissão que conduziu o PAD – Processo Administrativo Disciplinar, que investigou a veracidade do diploma do assessor parlamentar Adilson Ramão, recomendou o arquivamento do caso, por falta de provas. O presidente Paulo Debrito (PL), acatou o parecer e determinou o fim da apuração.
Ramão era assessor do vereador e líder do prefeito na casa, Cabo Cassol (PL), e apresentou comprovação de escolaridade que não pôde ser atestada como legítima. Dos assessores é exigida a conclusão do ensino médio.
Apesar de o presidente da câmara determinar o arquivamento do processo interno, a assessoria de imprensa do legislativo municipal informou que o assessor pediu exoneração na data de hoje.
A desconfiança sobre o documento apresentado se baseou em inconsistências na data de emissão, não reconhecimento do diploma pela escola e nem registro na Secretaria de Educação do Rio de Janeiro. Isso ocorreu no final de 2024, quando o então presidente João Morales (Republicanos) determinou envio do caso para o Ministério Público e Polícia Civil, além da abertura de sindicância.
Entretanto o andamento do PAD somente ocorreu no ano de 2025, após uma denúncia ser protocolada na casa, dando conta da possível apresentação de documento falso.
No âmbito do Ministério Público também houve investigação preliminar, onde também se constatou inicialmente a impossibilidade de comprovar a originalidade do documento. Diante das evidências, o promotor Marcos Cristiano, em função de ser crime de menor gravidade e da primariedade do investigado, propôs um acordo de não persecução criminal. Caso Ramão aceitasse cumprir determinadas exigências, o MP se absteria de prosseguir com as buscas. As condições impostas foram o pagamento de multa de R$ 15 mil, perda dos direitos políticos por cinco anos e imediata exoneração do cargo.
O prazo para que o agora ex-assessor se manifeste sobre a proposta do MP termina nos próximos dias.