A marcha em Foz do Iguaçu para marcar o Dia Internacional da Mulher, neste sábado, 8, às 9h, irá cobrar justiça para Zarhará Hussein Tormos. A estudante iguaçuense, de 25 anos, foi encontrada morta em seu próprio carro, amarrada e com marcas de tiro, segundo a polícia.
Ao evidenciar esse crime, como forma de pedir resposta contundente das autoridades, o movimento denuncia a violência diária contra as mulheres, que ocorre em todos os espaços sociais. O país é o quinto em número de assassinatos de mulheres no mundo.
O corpo de Zarhará foi localizado no último dia 28. Depois, no domingo, 2, a estudante brasileira Zelia Giovana de Souza Pimenta, também de 25 anos, foi encontrada sem vida na própria moradia, em Puerto Franco, no Paraguai. A polícia, que identificou hematomas na jovem, ainda não confirma se ela foi assassinada ou não.
Foz do Iguaçu será o polo regional do Dia Internacional da Mulher, com participantes vindos de cidades argentinas e paraguaias, e da Microrregião Oeste. Ônibus sairão dos municípios vizinhos – para reservar assento: WhatsApp (45) 9936-0172 e telefones fixos (45) 3028-1013 e 3025-7914.
Além de pedir o fim de todas as formas de violência de gênero, a Marcha das Mulheres ainda terá como pauta a garantia de igualdade salarial entre mulheres e homens. Apesar de haver lei prevendo equidade de remuneração, trabalhadoras ganham em média 20% a menos.
“O enfrentamento da violência deve ser assumido como um compromisso de toda a sociedade”, enfatiza a professora Madalena Ames, uma das organizadoras da marcha. “Convocamos a população de Foz do Iguaçu para fortalecer a marcha no 8 de Março, por Zarhará e por todas as mulheres e meninas que são vítimas da violência diária”, conclui.
Violência contra a mulher
Mulheres, jovens e meninas são submetidas a diversas formas de violência, como assédio, exploração sexual, estupro, tortura, violência doméstica e psicológica, perseguição e feminicídio. Em apenas cinco meses de 2024, foram formalizados mais de 380 mil casos de violência contra a mulher, conforme o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), sendo 2,5 mil novas ações judiciais por dia no país.
São crimes de violência doméstica contra a mulher, estupro e feminicídio. Os números são alarmantes e podem ser ainda maiores, porque muitas mulheres passam por abuso sexual dentro de uma relação e podem não denunciar, inclusive por constrangimento ou por normalizar situações de agressividade na família.
Marcha das Mulheres
A marcha do Dia Internacional da Mulher é organizada por um conjunto de entidades da sociedade civil, partidos políticos, sindicatos e conselhos populares, sendo um convite a toda a sociedade. A concentração acontecerá no Bosque Guarani às 9h, seguindo em passeada às 10h até a Praça da Paz, onde haverá um ato político e cultural.
Dia Internacional da Mulher
Data: 8 de março (sábado)
Concentração: Bosque Guarani (atrás do terminal de ônibus), às 9h
Início da marcha: 10h
Trajeto: da Avenida Brasil até a Praça da Paz
(AI Secretaria da Mulher Trabalhadora e LGBTIA+ APP-Sindicato/Foz e MMM)