“Estava no melhor momento da vida dela” diz mãe de estudante encontrada morta

A mãe, Anamir Lopes Taffarel, conversou com a Rádio Cultura e confirmou que a filha recebeu ameaças do ex-namorado e as últimas de um perfil fake. Polícia segue com as investigações.

Reprodução/Instagram

“Estava no melhor momento da vida dela”, foi a afirmação da mãe da estudante Zarhará Hussein Tormos, de 25 anos, encontrada morta na última sexta-feira, 28 de fevereiro com marcas de violência. A jovem estava desaparecida desde a quarta-feira (26), quando foi vista pela última vez saindo da faculdade onde estudava, na região da Vila Yolanda.

A mãe, Anamir Lopes Taffarel, conversou com a Rádio Cultura e confirmou que a filha tinha recebido ameaças, primeiro do ex-namorado, quando registrou um Boletim de Ocorrência, em novembro de 2024, e pediu medida protetiva contra o ex. A polícia disse que, desde então, a jovem não relatou em nenhum momento que houve quebra da medida.

“Ele já tinha sequestrado o gato dela, tinha pichado o muro dela, ela tinha trocado de casa por causa disso”, informou a mãe. Mais recentemente ela recebeu ameaças de um perfil falso pelo whatsApp. “Quando recebeu, ela foi até a Delegacia, mas ai disseram que não podiam fazer nada porque era um perfil fake” disse a mãe. Segundo o relato de Anamir, o gato estava na casa de outra jovem que havia se relacionado com o rapaz. Essa moça em contato com Zarhará após uma discussão com ele. “Ela estava desesperada atrás do gato, e então uma garota que havia se relacionado com ele acabou informando que estava com ela” contou.

Em uma rede social, o ex-namorado negou envolvimento no crime e afirmou que já prestou depoimento e que deseja que o assassinato seja encontrado em breve. A polícia ainda não informou se há outras linhas de investigação sendo seguidas. “As investigações estão avançando, no entanto, para garantir o êxito das diligências, não serão repassadas informações específicas sobre os fatos já apurados” informou em nota a Delegacia de Homicídios, responsável pela apuração do crime.

A mãe disse que não tinha conhecimento de nenhuma outra pessoa que quisesse fazer mal a filha. “Ela conversava muito comigo, e quando ela tinha alguma coisa pra fazer, igual quando ela foi registar o Boletim de Ocorrência ela me contou, ela perguntava pra mim o que deveria fazer, então ela não tinha ninguém em mente, se não ela teria me falado” ponderou.

A mãe descreveu a filha como uma menina amorosa e muito esforçada. “A Zarhará é muito fácil falar dela, é muito fácil descrevê-la, é meiga, amorosa, querida por todos, muito cuidadosa, muito caprichosa, responsável, a melhor vendedora da loja, deixava de dormir para fazer os trabalhos de faculdade, pra cuidar da casa, deixava de dormir para fazer as marmitinhas dela da dieta dela, ia muito a academia, até quando estava fechada, é uma menina assim que era puro amor” descreveu.

Anamir pede ajuda da população para repassar à polícia qualquer informação que possa contribuir com as investigações. “Pedimos por justiça, que não esqueçam dela, que todos se coloquem no meu lugar, no lugar dela, que foi tão inocente, tava no melhor momento da vida dela, tinha arrumado a casa, comprado carro, tava se sentindo bem, realizada, no momento que ela tava conseguindo se realizar e ela não pode usufruir de nada” concluiu Anamir.

Denúncias

Qualquer pessoa que possua informações sobre o caso pode repassá-las à Delegacia de Homicídios por intermédio do Disque-Denúncia 181 ou pelo telefone (45) 99932-1176, diretamente à equipe de investigação.

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