A gravidez na adolescência tem sido objeto de debate, de investigação e de políticas públicas no país todo em razão de seus altos índices, além de trazer impacto social e riscos de prematuridade, anemia, aborto espontâneo, eclampsia (elevação da pressão arterial da gestante), depressão pós-parto, entre outros.
O esforço conjunto tem surtido efeito e os índices vêm caindo ano após ano. Foz do Iguaçu segue a tendência nacional de queda e de 149 casos registrados em 2021, caiu para 108 no ano passado, entre adolescentes com idade entre 12 e 19 anos.
Em 2024 nasceram na cidade mais de 4.300 bebês, entre os partos feitos pelo SUS e na rede particular de saúde. O percentual de filhos de adolescentes foi de menos de 3%.
Gravidez na adolescência não é recomendável em nenhum momento desta fase da vida, porém, quando acontece antes dos 15 anos os danos são ainda maiores. Meninas iguaçuenses, com idade entre 13 e 15 anos, deram à luz 39 novas vidas ano passado. São garotas que terão, muitas vezes, de abandonar os estudos, vida social e muitos dos seus sonhos para o futuro.
O desafio da saúde e educação é zerar estes casos para que as meninas possam crescer e se desenvolver, sem pular etapas de sua vida.
Por Natália Peres