O Batalhão de Polícia Militar Ambiental, que tem como base um prédio histórico no interior do Parque Nacional do Iguaçu (PNI), está de mudança. Isso porque a concessionária Urbia Cataratas, vencedora da licitação para exploração do parque, tem – por força contratual – o direito de solicitar o uso das edificações existentes no PNI e notificou na última quinta-feira (23) a Polícia Militar para que deixe o prédio.
O prazo dado foi até o dia primeiro de fevereiro, porém, com o exíguo tempo para a mudança, concessionária e PM estão mantendo reuniões para ajustar o calendário de desocupação. A Urbia Cataratas ofereceu ao batalhão um outro imóvel dentro da unidade de conservação, porém, segundo avaliação da polícia, o espaço é muito pequeno para abrigar as atividades de policiamento ambiental atualmente desenvolvido.
Em nota oficial, a concessionária minimizou a situação afirmando que ‘o prédio onde hoje se encontra o ponto de apoio do Batalhão da Polícia Ambiental no Parque Nacional passará por um processo de revitalização conduzido pela concessionária, conforme obrigação contratual, com objetivo de preservar e evidenciar as características histórico-culturais do edifício, respeitando sua importância para o patrimônio do Parque Nacional’. A intenção da concessionária é instalar sua administração no belo prédio histórico, enquanto sua atual sede, no Centro de Recepção ao Visitante, passa por reformas.
O chefe interino do Instituto Chico Mendes – ICMbio, Marius Belluci, se manifestou dizendo que a Polícia Ambiental está sem convênio com o instituto há algum tempo e, caso este documento seja renovado, existe a intenção de se construir uma nova sede para a corporação dentro do Parque. Sobre este tema, a PM afirmou que este convênio está em fase de coleta de assinaturas e deve ser finalizado já nos próximos dias.
Belluci adiantou que até a sede administrativa do ICMbio deve fazer parte do circuito de atrativos do polo Cataratas, após as necessárias reformas e restauração. “Mas isso só vai acontecer se e depois da construção de um hub administrativo para o ICMbio”, concluiu o servidor.
Por Natália Peres