Homem que participou de sequestro e morte de jovem em SC foi preso em Foz

A jovem foi sequestrada em outubro e o corpo foi encontrado na última terça-feira (14) no Paraná. Suspeito foi preso em dezembro.

Foto: Reprodução/RPC

Na última terça-feira (14), a Polícia Civil localizou o corpo de Camila Florindo D’Avila, de 23 anos. A jovem foi sequestrada por um grupo de seis homens em Araquari, no Norte de Santa Catarina, no dia 8 de outubro e morta baleada na cidade de Ibaiti, no Paraná, entre os dias 9 e 10 de outubro. Um dos suspeitos de participar do sequestro e do assassinato foi preso no mês de dezembro em Foz do Iguaçu.

Além do suspeito preso em Foz, a Polícia Civil prendeu outros quatro, sendo dois em Curitiba, um em São Francisco do Sul e um no norte do Paraná. Segundo a Polícia Civil, a maioria dos suspeitos tinha passagens e era do Paraná, alguns da região de fronteira com o Paraguai.

“São pessoas altamente perigosas que têm o hábito de praticar crimes como seu modo de vida e com isso dificultou bastante o trabalho da polícia. Os agentes de investigação aqui do Departamento de Investigações Criminais de Joinville trabalharam com bastante afinco conseguiram êxito em identificar a autoria criminosa”, comentou o delegado José Gattaz Neto.

Como aconteceu sequestro de jovem

Conforme a investigação, Camila foi sequestrada em 8 de outubro de 2024, em Araquari, quando seis criminosos em dois carros clonados cercaram a casa dela. O objetivo do grupo era matar o marido da jovem, mas ele conseguiu escapar. Com a fuga do alvo, eles pegam drogas e dinheiro e obrigam a jovem a entrar em um dos veículos.

Desentendimento termina em assassinato

Na sequência, a vítima foi jogada em um cativeiro na mesma cidade. Ela ficou uma hora e meia no local, depois foi levada ao Paraná. De acordo com a polícia, na região Metropolitana de Curitiba, os criminosos se desentenderam e não houve um consenso sobre o que fazer com Camila. A briga terminou com um deles morto a tiros. O corpo foi deixado na rua e depois encontrado pelas autoridades.

O grupo seguiu viagem e escolheu a zona rural de Ibaiti, cidade que fica a 457 km de Araquari, para se livrar da jovem. Os criminosos pensaram em liberar a garota, mas mudaram de ideia. Eles mataram Camila a tiros e enterraram seu corpo em uma região de mata fechada. A polícia acredita que o crime ocorreu entre 9 e 10 de outubro. Dois envolvidos ainda seguem foragidos.

Corpo encontrado após três meses

Depois de três meses, o corpo da jovem foi encontrado, no último dia 14, pelas autoridades. O local era de difícil acesso, mas um cão farejador da Polícia Civil de Santa Catarina indicou o ponto onde estava a ossada de Camila. A Polícia Científica do Paraná fará uma perícia para verificar se houve tortura.

“Todos os elementos colhidos até o momento apontam no sentido de que o corpo localizado pertence à Camila. Entretanto, nós vamos aguardar a perícia científica, que vai ser realizada pela polícia do Paraná para termos a confirmação dessa informação”, destacou o delegado José Gattaz Neto.

O alvo era o marido da jovem sequestrada por homens em Araquari

Para a polícia, o alvo era outro. “O grupo criminoso, na verdade estava atrás do companheiro de Camila. Ele era o alvo desta empreitada criminosa. Como não conseguiu alcançá-lo, acabou sequestrando ela”, afirmou Gattaz.

Conforme a polícia, o marido da jovem exerce uma função de liderança na facção mais poderosa de Santa Catarina. Ele cuida de negócios do tráfico, mas dentro da organização tem inimigos com vontade de assumir o poder. Só que para a mudança acontecer, ele tinha que cair.

“Uma moça jovem, mãe de uma criança pequena e que não merecia ter passado por isso”, lamenta o delegado.

O marido de Camila também segue foragido por tráfico de drogas.

Com informações da ND+

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