As duas prisões aconteceram nesta segunda-feira (04). Foram situações distintas, mas os crimes estão relacionados à corrupção.
No primeiro caso, um guincheiro, contratado pela própria PRF para remover veículos, foi detido por corrupção passiva (quando o agente solicita valores indevidos). Ele cobrou, ilegalmente, R$ 150 diretamente do motorista de uma van envolvida em um acidente, alegando o valor seria para cobrir o serviço de guincho. Por ser contratado pela polícia, para executar os serviços de recolhimento de veículos em rodovias federais, ele se equipara a servidor público.
A PRF foi acionada e descobriu que o valor não era oficial, pois a cobrança de taxas para remoção de veículos deve ocorrer diretamente com a empresa contratada, com recibo e valores tabelados, ou seja, para veículos de até 3.500 kg, na região, é de R$ 286,72. O guincheiro confirmou o fato aos policiais e disse que utilizou o valor para benefício próprio, lesando a própria empresa. Ele foi detido e encaminhado à Polícia Federal, para o registro do crime.
No segundo caso, já à noite, uma mulher foi detida em flagrante por corrupção ativa (quando o agente oferece valores indevidos para obter alguma vantagem ilícita, no caso, para que policiais deixassem de aplicar a lei) e descaminho, após tentar subornar policiais. Durante uma abordagem na BR-277, a equipe da PRF localizou um carro parado à margem da rodovia.
Ao ver a viatura, a motorista tentou fugir, mas foi parada alguns metros depois. Ao ser questionada, ela admitiu estar transportando 68 iPhones e 10 iPads, importados sem autorização legal. Para evitar a prisão, ela ofereceu alguns dos aparelhos aos policiais em troca de sua liberação. A PRF deu voz de prisão pela corrupção ativa e conduziu os envolvidos à Polícia Federal para responderem por descaminho e corrupção ativa.
Tanto o crime de corrupção passiva, quanto o de corrupção ativa possuem penas que variam de dois a 12 anos de prisão.