Sob olhares atentos das crianças, Renata contou como seu sonho de menina se transformou em realidade. Segundo ela, o amor ao volante começou bem cedo. Aos três anos, já brincava no carro da avó. Lembrou que, uma vez, ‘dirigindo’, soltou o freio de mão do carro com os primos dentro.
“Foi o maior susto. O carro começou a descer e a gente só gritava. Fomos salvos pela plantação de mandioca da minha avó que segurou carro. O para-choque precisou ser trocado. E nós, claro, levamos a maior bronca”. Com o passar do tempo, a brincadeira foi se transformando em uma profissão: motorista.
Há seis anos Renata é motorista profissional. Dirigiu caminhões, carretas e, há dois anos, é uma das três motoristas mulheres da VISAC, inclusive, dirige um ônibus articulado de 22 metros de comprimento e capacidade para 160 passageiros.
“Alguns passageiros ainda se surpreendem ao me ver dirigindo. Alguns riem e fazem piadas. Até debocham. Outros, aplaudem. No final do trajeto, acabam me elogiando”, disse Renata, colecionadora de elogios nas redes sociais.
Além da história da Renata, os alunos puderam conhecer a trajetória de outras quatro mulheres que atuam em profissões tradicionalmente vistas como masculinas.
A sargento Roseli dos Santos, a cabo Tais Roberta Ruiz e a soldado Juliana da Conceição contaram trajetória na Polícia Militar, enquanto a bombeira Josefa Machuca emocionou e inspirou as crianças ao compartilhar sua coragem e dedicação, mostrando como seu trabalho pode salvar vidas e transformar realidades.
O depoimento das cinco profissionais ocorreu dentro da atividade sobre “Equidade de Gênero”, promovida pelos professores da escola Wellington Godoi, Alessandra Bortolotto e Sandra Hartemink. Para os idealizadores do projeto, falar sobre igualdade de gênero desde cedo é fundamental para formar crianças que valorizem o respeito e a equidade em todas as áreas da sociedade.
Crescimento pessoal e profissional
A VISAC opera o transporte público de Foz do Iguaçu desde março de 2022. Um dos seus propósitos é o desenvolvimento pessoal e profissional de seus colabores.
Ericka Berchyer é um exemplo deste desenvolvimento. Ela começou a atuar na empresa como auxiliar de Recursos Humanos. Depois de meses convivendo com a rotina dos motoristas, decidiu seguir na profissão. “Tive o apoio da empresa para fazer a formação. Foi uma mudança gigante. Tudo para melhor”, contou.
A primeira motorista mulher da VISAC foi Sandra de Sena, outra apaixonada por dirigir.
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