A operação da Polícia Federal veio depois de uma grande apreensão de medicamentos e cigarros eletrônicos, avaliados em quase R$1.000.000,00 (um milhão de reais), trazidos ilegalmente para o Brasil. Na época, segundo a PF, os produtos foram localizados em um porto clandestino às margens do Lago de Itaipu. Após realização de diligências no local, a equipe policial identificou um dos participantes na prática do crime.
“A partir dessa apreensão, foi possível traçar uma linha investigativa, identificar um grande número de pessoas envolvidas nos fatos, bem como reconhecer o modus operandi da ORCRIM. Destaca-se a grande capacidade financeira e organizacional do grupo, haja vista o emprego de lavagem de capitais ao fazerem uso de pessoas físicas e jurídicas a fim de transformarem os recursos ganhos nas atividades ilegais em ativos com origem aparentemente legal. Além disso, também contavam com a participação de funcionário público na internalização dessas mercadorias estrangeiras”, informou a PF.
As investigações também indicaram movimentações milionárias entre os investigados e empresas usadas por eles. Na operação de hoje uma pessoa foi presa pelo armazenamento de produtos contrabandeados; a lavratura de termo circunstanciado por posse de drogas e a apreensão de três veículos. Na chegada dos policiais, os alvos da operação tentaram destruir e ocultar provas, inclusive em uma das casas foram encontrados celulares em um fundo falso instalado sobre equipamento de ar-condicionado. “Houve cumprimento de mandados contendo medidas cautelares alternativas à prisão, as quais incluem o afastamento do serviço público de servidor investigado”.
Os investigados poderão responder por contrabando, importação ilegal de medicamentos sem procedência, organização criminosa, lavagem de capitais e outros delitos que sejam identificados. Foram designados mais de 60 policiais para dar cumprimento aos 14 mandados de busca e apreensão em Foz do Iguaçu, Santa Terezinha de Itaipu e Matelândia.