Justiça decide que júri de Jorge Guaranho, réu pela morte de Marcelo Arruda, será em Curitiba

A Primeira Turma Criminal do Tribunal de Justiça do Paraná, em decisão proferida na tarde dessa quinta-feira (13), por unanimidade, acolheu o pedido de desaforamento, determinando a transferência do julgamento de Jorge Guaranho da comarca de Foz do Iguaçu, para a comarca de Curitiba.

“Tal decisão é fundamental para assegurar um júri equilibrado e imparcial, garantindo a lisura do processo e a efetivação do direito à ampla defesa, conforme preceituado na Constituição Federal. A medida visa prevenir quaisquer influências externas que possam comprometer a equidade do julgamento, reforçando, assim, as garantias legais e constitucionais de Jorge Guaranho”, diz a nota dos advogados do ex-policial penal.

Rogério Botelho, advogado da família de Marcelo Arruda, disse que vai se reunir com o Ministério Público para decidir os próximos passos.

O advogado da assistência de acusação Daniel Godoy Junior afirmou que a expectativa é de que o caso finalmente tenha um desfecho após a decisão. “A demora traz prejuízos para todas as partes, incluindo o próprio réu, que aguarda o julgamento preso. Mas, principalmente, traz sofrimento para a família do Marcelo, que também é vítima desse crime brutal. O importante é que o julgamento ocorra em breve e que a justiça seja feita, com a condenação do réu pelo homicídio duplamente qualificado, pelo motivo fútil e o risco às pessoas que estavam na festa no momento do crime”, afirmou.

Jorge Guaranho é réu por homicídio duplamente qualificado por motivo fútil e está preso no Complexo Médico Penal, em Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba. Ele será julgado pelo assassinato de Marcelo Arruda, no dia 9 de julho de 2022, na festa de aniversário de 50 anos do Guarda Municipal.

A primeira data do julgamento era 7 de dezembro de 2023. Foi remarcado para o dia 4 de abril de 2024 e acabou suspenso, depois que a defesa do ex-policial penal não teve os pedidos de adiamento do júri aceitos pelo juiz e abandonou o plenário.

O novo julgamento, marcado para o dia 2 de maio, também foi suspenso, depois que o Tribunal de Justiça concedeu liminar favorável ao pedido de defesa de Guaranho, que alegou falta de imparcialidade no corpo de jurados e pedia que o júri fosse realizado fora da comarca de Foz do Iguaçu.

Ainda não há data para o júri.

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