Após denúncia anônima, os policiais se deslocaram até o bairro Porto Meira, região próxima da aduana da Ponte Internacional Tancredo Neves, nesta quarta-feira (08). Durante o monitoramento na região, os policiais identificaram um movimento de pessoas entrando e saindo de um imóvel, transportando fardos de mercadorias e entregando em estabelecimentos comerciais do local.
No depósito foram encontradas centenas de mercadorias de origem estrangeira, sem a devida documentação fiscal que garantisse a legalidade do comércio. Entre os produtos, havia mais de 370 galões de azeite com rótulo da marca Valle Viejo, marca esta com sua comercialização proibida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), desde 2021, e por isso não havendo possibilidade de importação lícita.
A proibição de comercialização deste produto no Brasil se deve pelas adulterações encontradas em todas as amostras do azeite que foram periciadas, sendo constatado que a substância alimentícia em questão é uma mescla de óleos vegetais (soja, girassol ou canola), com reduzido valor nutricional e nocivo à saúde de consumidores com sensibilidade a componentes dos óleos adicionados.
Além disso, a marca de azeite Valle Viejo não existe, não havendo portanto nenhum tipo de exemplar original com esta marca no rótulo. Os representantes legais detentores da marca descartaram qualquer relação com o produto comercializado na região da fronteira, uma vez que a produção de azeite foi descontinuada.
Com a constatação da prática do crime de contrabando, o proprietário do imóvel e o funcionário que era o responsável pela comercialização dos produtos estrangeiros foram presos em flagrantes e levados até a Delegacia de Polícia Federal em Foz do Iguaçu para a lavratura do procedimento e demais procedimentos judiciais.