Na manhã dessa terça-feira (30), o morador do bairro Cataratas II, Paulo Modesto de Almeida, falou para o Jornal da Cultura, sobre os transtornos provocados pela lentidão nas obras de duplicação da Rodovia das Cataratas. A equipe da emissora foi até o local e, durante o dia, foi possível conferir de perto porque trabalhadores e empresários cobram uma solução.
“Há mais de um ano nós estamos sem ponto de ônibus. Meu filho estuda no Tarquinio Santos, fora as outras crianças que estudam em colégios do centro, que dependem de pegar o transporte coletivo aqui na BR-469. Essas crianças ficam no sol, com chuva, frio e nós não temos um ponto de ônibus”. Além disso, segundo Paulo, por causa do alargamento da via, tem uma vala que separa as duas pistas e o ônibus para do outro lado. É uma espécie de caneleta, que nos dias de chuva fica quase intransponível, por causa da altura ,acrescentou ele.
O DER já informou que a construtora foi notificada, mas até o momento não houve qualquer manifestação. Para quem trabalha naquela região, tudo fica ainda mais difícil, principalmente à noite.
O presidente da Acifi – Associação Comercial e Empresarial de Foz do Iguaçu, Danilo Vendruscolo, disse que não é por falta de recurso que a obra irá parar. “O que a empresa está pedindo é um reequilíbrio contratual e isso eu não tenho dúvida que se chegará a bons termos, a exemplo do que aconteceu com a Perimetral Leste”, disse Vendruscolo.
Na manhã dessa segunda-feira (29), a gerente do Las Hotel Boutique, Karim Pam, entrou em contato com a Rádio Cultura. Por telefone, durante o Programa Contraponto da Cultura, falou da preocupação com os empregados do hotel, localizado na Rua Oscar Genehr, a 700 metros da Rodovia das Cataratas, no bairro Cataratas Dois e próximo à entrada do Recanto do Gaúcho.
“Não é apenas para os colaboradores da nossa empresa, na rua Oscar Genehr. Tem os outros hotéis aqui nessa região. E tudo isso ficou ainda mais difícil com a paralisação das obras, por parte da construtora que está trabalhando na duplicação das Rodovia das Cataratas. O turno dos empregados da noite vai até às 23h e o último ônibus passa às 23h10. Não tem iluminação, falta acostamento, ponto de ônibus e sinalização. É muito perigoso. Na maioria das vezes, o motorista do ônibus nem enxerga as pessoas que estão esperando pelo transporte. Só na última sexta-feira (26), aconteceram três acidentes. Já enviamos correspondência para o Dnit, pedido uma solução. Também acionamos o Foztrans, sobre o transporte coletivo. Não podemos ficar nessa situação até a obra terminar”, acrescentou Karim, para o programa Contraponto.
Em nota, a assessoria do Foztrans disse que uma equipe de Transporte Coletivo vai fazer uma vistoria no local para verificar as condições de embarque e desembarque no ponto de ônibus citado pela Karim. “Também já solicitamos aos motoristas para redobrarem a atenção em toda a extensão da Rodovia das Cataratas, principalmente durante a noite”, informou a nota.
O DER reforçou que “notificou o consórcio por atraso no cronograma e pela redução em mais de 40% de equipe e equipamento da obra neste começo de ano. Tendo recebido manifestação do consórcio a respeito, atualmente analisa as melhores soluções para continuidade da obra com toda a celeridade possível”, diz a nota.
Também entramos em contato com as assessoria do Dnit, mas não tivemos retorno.