Nesta sexta-feira (05), Jorge Guaranho precisou ser levado para o Hospital Municipal. De acordo com as informações da Polícia Penal, o ex-policial penal, réu por homicídio duplamente qualificado pela morte do Guarda Municipal Marcelo Arruda, caiu durante o banho na própria cela e bateu o braço.
Guaranho está preso na Cadeia Pública Laudemir Neves, em Foz do Iguaçu, desde esta quinta-feira (4), quando o júri popular do caso foi suspenso e os advogados que fazem a defesa do ex-policial penal, abandonaram o plenário.
A direção da cadeia informou à Justiça, o que havia acontecido com Guaranho e ele foi encaminhado para atendimento na enfermagem da unidade. Mais tarde, em uma ambulância do Siate, ele foi levado para o Hospital Municipal Padre Germano Lauck, onde exames confirmaram fratura não cirúrgica. De acordo com o comunicado, após receber alta, o réu retornou à prisão ainda durante a tarde.
Nesta sexta-feira (05), os advogados do acusado falaram sobre o fato e questionaram as condições da prisão onde Guaranho está e o atendimento recebido pelo réu. “O mesmo foi mantido em Foz do Iguaçu sobre o pretexto de acesso à sua defesa, entretanto, inexiste condições de segurança médica para que o mesmo permaneça na cidade”, disse o advogado Anderson André Miranda.
O Ministério Público do Paraná (MP-PR) pediu que a coordenação regional do Departamento Penal do Paraná (Deppen) em Foz do Iguaçu fosse acionada e prestasse imediatamente as informações.
“Considerando o teor da informação constante no Ofício encartado pelo DEPPEN (seq. 1057), que corrobora as notícias veiculadas na mídia local, na presente data, de que o réu JORGE JOSÉ DA ROCHA GUARANHO teria sofrido um acidente no interior do estabelecimento prisional em que se encontra encarcerado em Foz do Iguaçu, culminando com uma fratura em seu braço esquerdo, o Ministério Público requer seja oficiado ao Coordenador Regional do Departamento Penal do Paraná – DEPPEN/Foz do Iguaçu, requisitando sejam prestadas informações, de maneira imediata, sobre as circunstâncias do fato, descrevendo, pormenorizadamente, as medidas adotadas pelas equipes que o atenderam, notadamente o suporte prestado ao preso, o horário da transferência à unidade
hospitalar, se seus familiares e defesa foram informados do ocorrido, entre outras colocações que reputar pertinentes”.
Também nesta sexta-feira, o juiz, Hugo Michelini Junior, negou novo pedido da defesa de revogação da prisão preventiva. Segundo o magistrado, não houve nenhum fato ou dado novo que mude a situação que motivou a prisão de Guaranho. Ele também determinou que o réu fique em Foz do Iguaçu até a data do julgamento, no dia 02 de maio.