O julgamento do ex-agente penal estava previsto para ocorrer em 7 de dezembro do ano passado, mas a defesa pediu mais tempo, alegando a inclusão de um laudo pericial ao processo e os advogados não puderam acompanhar a produção da prova.
A família de Marcelo Arruda aguarda com expectativa e os advogados têm convicção na condenação de Guaranho pela gravidade do caso, disse Paulo Henrique Zuchoski. O ex-agente penal será ouvido de forma presencial e o corpo de jurados será formado por sete pessoas sorteadas no dia do júri.
Sobre o crime:
Marcelo Arruda foi baleado quando comemorava o aniversário de 50 anos, no dia 9 de julho de 2022, em uma festa que tinha como tema o Partido dos Trabalhadores. Arruda era tesoureiro do PT. De acordo com as investigações, Jorge Guaranho foi até o local da festa e os dois discutiram. Imagens das câmeras de segurança mostram que Marcelo Arruda jogou terra em Guaranho, que estava no carro com a mulher e o filho recém-nascido. Ele deixa o local, mas volta em seguida, armado, e faz os disparos contra Marcelo.
Arruda, que era guarda municipal, chegou a reagir ao ataque e atingiu Guaranho. Os dois foram encaminhados para o hospital, mas Arruda não resistiu aos ferimentos e morreu. Jorge Guaranho ficou um mês internado em Foz, teve alta e foi encaminhado para Complexo Médico-Penal de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, onde está preso desde agosto de 2022.
Guaranho é réu por homicídio doloso duplamente qualificado por motivo fútil, após denúncia do Ministério Público do Paraná à Justiça.