Os auditores fiscais federais agropecuários vão continuar a mobilização nacional que reivindica a valorização da carreira responsável pela segurança dos alimentos no Brasil. Como resultado da votação em assembleia geral, 98% dos servidores recusaram a contraproposta de reestruturação enviada pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI
De acordo com Roberto Siqueira Filho, Auditor Fiscal Federal agropecuário, “além das perdas salariais durante dois anos, o ministério ofereceu índices só para 2025 e 2026 e ainda assim, com a criação de diversos níveis dentro da carreira, com bastante dificuldade de acesso e reduzindo, em muito, o valor inicial, tornando cada vez mais desinteressante o acesso para novos profissionais para a carreira de auditoria de agropecuária”.
O movimento começou no dia 22 de janeiro e, para o sindicato da categoria, não se caracteriza como greve, pois as atividades essenciais de defesa agropecuária continuam sendo realizadas normalmente, dentre elas, o diagnóstico de doenças e pragas previstas em programas de controle do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e a emissão de Certificado Veterinário Internacional para viagem de pets, bem como a vistoria de cargas vivas e perecíveis. Neste período, os auditores deixam de cumprir horas extras não remuneradas, ou seja, atuam estritamente dentro de suas jornadas oficiais de trabalho.
Empresários do setor aguardavam as definições do movimento, por isso muitos caminhões não foram carregados. Mesmo assim, centenas de cargas estão paradas nos dois lados da fronteira, aguardando a liberação.
O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), não informou uma possível data para uma nova reunião com a categoria.