Nessa quinta-feira (29), os motoristas se reuniram com o prefeito Chico Brasileiro e a Secretária de Saúde Rose Meri da Rosa e não houve avanço nas reivindicações. De acordo com Adiel Ivan Eliziário, representante da categoria, hoje são 18 motoristas no município, que trabalham fazendo o transporte de pacientes principalmente para consultas, transplantes e alta hospitalar e precisam de viagens longas.
“O que estiver fora do domicílio e demandar hora extra, não vamos fazer. Há dois anos estamos esperando pelo pagamento. Tem colegas com 700 horas extras pendentes e alguns procurando outro vínculo, infelizmente. Ninguém vai deixar de fazer o plantão. Vamos trabalhar as 12 horas. Isso o pagamento está em dia. Não é greve. Nós estamos falando de hora extra”, disse ele para o Jornal da Cultura.
De acordo com o prefeito Chico Brasileiro, a lei é muito clara. “Quando o índice de folha está acima do preconizado estabelecido pela Lei de Responsabilidade, o município não pode pagar. Quando regularizar o índice da folha aí nós podemos pagar. Nem é falta de recurso. É que a lei não me permite pagar. Eles não viajando mais a gente é obrigado a fazer uma contratação emergencial, de outros profissionais e colocar outros servidores terceirizados para fazer o serviço. Quando o índice estiver ajustado, aí sim, a gente vai pagar tudo adequadamente”.
A mobilização do motoristas não interfere no transporte de pacientes do Hospital Municipal Padre Germano Lauck, para outras cidades, como Curitiba, Londrina e Cascavel. Os profissionais são contratados pela Fundação Municipal de Saúde, mas quando o paciente termina o tratamento, é o motorista da prefeitura que faz a viagem de retorno, depois da alta hospitalar. Hoje o município conta com cinco carros para as viagens: 2 ambulâncias, 3 vans e um veículo pequeno para deslocamentos curtos.