Na manhã desta quarta-feira (28), a Polícia Federal realizou uma operação integrada com órgãos municipais e também com o auxílio de autoridades paraguaias, com o objetivo de reprimir e combater a exploração de trabalho de crianças e adolescentes que chegam ao Brasil pela Ponte Internacional da Amizade, fronteira com o Paraguai, em Foz do Iguaçu.
A Polícia Federal, Ministério Público do Trabalho, Secretaria Municipal de Assistência Social, Conselho Tutelar, representantes do grupo Cáritas e OAB formaram a comitiva brasileira; e o Consulado Paraguaio, Ministério Público do Paraguai e a Secretaria de Justiça Social representaram as autoridades paraguaias.
O objetivo da ação integrada foi o combate à exploração infantil de crianças paraguaias, que muitas vezes são forçadas a pedir esmola, em diversos pontos da cidade de Foz do Iguaçu. Além de estarem fora da escola, são submetidas a riscos ao permanecerem em ruas movimentadas, pedindo dinheiro, vendendo água, limpando carros ou sentadas na calçada durante todo o dia, sob sol forte e chuva. De acordo com a polícia, como se trata de um crime complexo, que envolve fatores econômicos, sociais, culturais e psicológicos, precisa haver uma atuação coordenada entre as instituições.
Na ponte, os carros, motos, ônibus e vans, que ingressavam no país, foram abordados nas baias de fiscalização de entrada no Brasil, para não causar transtornos aos usuários da via. Com isso foi possível vistoriar com cuidado e segurança os veículos selecionados pelos policiais e agentes fiscalizadores.
Durante a operação, foram abordados 96 veículos; 32 menores foram devolvidos às autoridades paraguaias. Em um dos casos, a menor carregava itens de limpeza de vidros de carro na mochila. Ela foi conduzida pelo Consulado Paraguaio às autoridades do vizinho país.