A indenização paga pela União considerou, entre outros fatores, que o autor do crime se valeu da condição de agente público para acessar o local da festa e efetuar o disparo utilizando uma arma de propriedade da União. O valor contempla o pagamento de indenização por danos morais e de quantia relativa à pensão que seria devida aos filhos, de forma proporcional à idade de cada um. Posteriormente, a AGU ingressará com uma ação regressiva para cobrar do autor do crime o ressarcimento do valor pago pela União a título de indenização.
A conciliação foi celebrada no âmbito de ação movida pelos familiares para cobrar o pagamento de indenização da União pelo episódio. Com a homologação do acordo, o processo foi extinto em relação aos cinco familiares, e continuará tramitando apenas em relação à ex-esposa do guarda municipal, que também acionou a Justiça para cobrar indenização, apesar de na época do óbito não ter mais o vínculo conjugal com Marcelo.
Sobre a morte de Marcelo Arruda:
Marcelo Arruda foi baleado quando comemorava o aniversário de 50 anos, no dia 9 de julho de 2022 e morreu na madrugada do dia seguinte. De acordo com as investigações, Jorge Guaranho foi até o local da festa e os dois discutiram. Imagens das câmeras de segurança mostraram que Marcelo Arruda jogou terra em Guaranho, que estava no carro com a mulher e o filho recém nascido. Ele deixa o local, mas volta em seguida, armado, e disparou contra Marcelo.
Arruda, que era guarda municipal, chegou a reagir ao ataque e atingiu Guaranho. Os dois foram encaminhados para o hospital, mas Arruda não resistiu aos ferimentos e morreu. Jorge Guaranho ficou um mês internado em Foz, teve alta e foi encaminhado para Complexo Médico-Penal de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, onde está preso desde agosto de 2022. Guaranho é réu por homicídio duplamente qualificado por motivo fútil.
A defesa de Jorge Guaranho considerou o acordo da AGU, um julgamento antecipado. O júri popular do agente penal está marcado para o dia 4 de abril desse ano.