A reunião com o Ministério da Saúde, Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e Secretaria Estadual da Saúde foi em Foz do Iguaçu, dentro do evento Saúde em Movimento, promovido pela Sesa. Foz do Iguaçu e Londrina estão entre os municípios brasileiros selecionados para ampliar o método Wolbachia no País.
Na prática, a fórmula consiste em “contaminar” mosquitos com a bactéria Wolbachia (que não pode ser transmitida para humanos ou outros mamíferos). Essa bactéria bloqueia o desenvolvimento dos vírus da Dengue, Zika e Chikungunya no vetor e é transmitida para as novas gerações de mosquitos durante a reprodução, reduzindo a transmissão e combatendo diretamente as arboviroses.
“As equipes do Ministério da Saúde, Fiocruz e Opas estão em Foz do Iguaçu para analisar e programar o início das atividades que envolvem o Método Wolbachia e nos reunimos aqui hoje para debater as ações e avaliar a possibilidade de incluir até mesmo uma biofábrica para produção de mosquitos no Paraná”, disse o secretário estadual da Saúde, Beto Preto.
O início do projeto ainda depende da formalização do convênio entre os municípios e o Ministério da Saúde.
MÉTODO – O World Mosquito Program (WMP) é uma iniciativa internacional sem fins lucrativos que trabalha para proteger a comunidade global das doenças transmitidas por mosquitos. O primeiro local de atuação do WMP foi o norte da Austrália, em 2011, e atualmente opera em 12 países (Austrália, Brasil, Colômbia, México, Indonésia, Laos, Sri Lanka, Vietnã, Kiribati, Fiji, Vanuatu e Nova Caledônia). No Brasil, o Wolbachia é conduzido pela Fundação Oswaldo Cruz, com financiamento do Ministério da Saúde, em parceria com os governos locais.
O diagnóstico da presença da Wolbachia no Aedes aegypti é feito nos laboratórios do WMP Brasil/Fiocruz por técnicas de biologia molecular. Após identificar o mosquito com Wolbachia, não são necessárias novas solturas, por isso o método é considerado autossustentável.
Recursos para a saúde.
Ainda no evento Saúde em Movimento, nesta quarta-feira (06), às 18h, o governador Carlos Massa Ratinho Junior anuncia um pacote de R$ 560 milhões em investimentos e custeio da saúde pública do Paraná.
São R$ 260 milhões pelo Programa Paraná Mais Cidades III para obras e equipamentos em convênios com os municípios, R$ 160 milhões para custeio do teto financeiro de Média e Alta Complexidade (MAC), R$ 40 milhões para o PRO HU (programa de modernização do parque tecnológico dos hospitais universitários), R$ 40 milhões de custeio extra do teto oncológico, R$ 25 milhões para convênios com hospitais filantrópicos, R$ 20 milhões para incremento de assistência ao parto e nascimento e R$ 15 milhões para ampliar os pontos de atenção da Linha de Cuidado em Saúde Mental.