O adiamento atendeu a um pedido da defesa de Jorge Guaranho, que alegou a inclusão de um laudo pericial ao processo e os advogados não puderam acompanhar a produção da prova. O laudo, segundo os advogados, foi produzido a partir do celular de Claudinei Esquarcini, que era responsável por liberar as senhas de acesso às imagens das câmeras de segurança da Associação Esportiva Saúde Física Itaipu, local onde foi realizada a festa de aniversário e cometeu suicídio no dia 18 de julho de 2022.
De acordo com os advogados, “A defesa sequer teve acesso a qualquer documento inerente ao suicídio de Claudinei, ocorrido na cidade de Medianeira, muito menos ao conteúdo das mídias que foram inseridas no Laudo, não sendo concedido a defesa em momento algum a possibilidade de analisar a totalidade do conteúdo da prova, para verificação de outros dados importantes. O conhecimento da confecção da presente prova se deu tão somente com a juntada tardia às vésperas do Julgamento em Plenário, evidenciando prejuízo enorme à defesa, por desconhecer a origem da prova, bem como não poder se manifestar na forma prevista em lei”.
Marcelo Arruda foi baleado quando comemorava o aniversário de 50 anos, no dia 9 de julho do ano passado e morreu na madrugada do dia seguinte. De acordo com as investigações, Jorge Guaranho foi até o local da festa e os dois discutiram. Imagens das câmeras de segurança mostraram que Marcelo Arruda jogou terra em Guaranho que estava no carro com a mulher e o filho recém nascido. Ele deixa o local, mas volta em seguida, armado, e disparou contra Marcelo.
Arruda, que era guarda municipal, chegou a reagir ao ataque e atingiu Guaranho. Os dois foram encaminhados para o hospital, mas Arruda não resistiu aos ferimentos e morreu. Jorge Guaranho ficou um mês internado em Foz, teve alta e foi encaminhado para Complexo Médico-Penal de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, onde está preso desde agosto de 2022. Guaranho é réu por homicídio duplamente qualificado por motivo fútil.