Quem cruzou a fronteira com a Argentina foi surpreendido com novos procedimentos de fiscalização da Polícia Federal, na Ponte Tancredo Neves. Logo cedo, longas filas se formaram e com elas, vieram as reclamações. De acordo com informações de Guias de Turismo, o problema maior está na falta de pessoal para a realização do trabalho.
Procurada, a Polícia Federal emitiu nota sobre as normas que passaram a ser adotadas no Posto Migratório da Ponte Internacional Tancredo Neves.
“A Polícia Federal vem a público esclarecer que a formação de longas filas se deve a padronização de procedimentos de fiscalização e migração, atendendo as normativas legais vigentes no país.
Essa padronização de procedimentos visa a dar uma maior segurança aos viajantes, que se submeterão ao mesmo processo migratório independentemente de dia e horários; a atender as normativas legais vigentes e a dar maior eficácia no controle de entrada e saída de pessoas no país.
Destacamos que a apresentação do viajante à autoridade migratória é obrigatória, não havendo previsão legal para procedimentos alternativos, como registro por procuração ou à distância. Essa obrigatoriedade inclusive é similar em grande parte dos países que estabelecem controle migratório em suas fronteiras, como a própria Argentina, por exemplo.
Desta forma, acreditamos que as filas, nesse primeiro momento, são fruto de um processo de adaptação e que tão logo serão reduzidas com a diminuição do tempo de espera.
Buscando o aprimoramento dos seus serviços, a PF tem investido em tecnologia para oferecer maior agilidade e melhor qualidade no atendimento ao viajante. Por isso, foi lançado este ano o app STI MOBILE, aplicativo que permite ao estrangeiro agilizar o seu atendimento realizando o cadastramento on-line de qualquer lugar, diminuindo drasticamente o tempo de espera nas filas dos postos de migração. Atualmente, o aplicativo encontra-se limitado aos países pertencentes do Mercosul, mas com previsão de atendimento para todos os viajantes.
Ao mesmo tempo, a PF vem trabalhando em conjunto com os órgãos públicos e as representações do setor do turismo para buscar soluções integradas que melhorem a experiência dos turistas ao visitarem a região da tríplice fronteira. Para isso, houve uma primeira reunião do Comtur, na última quarta-feira (18), onde a PF esteve presente esclarecendo as exigências legais e as dificuldades encontradas e ouvindo os problemas enfrentados pelo setor do turismo, inclusive pela falta de padronização do atendimento.
Um segunda reunião será realizada para definir como o setor do turismo poderá contribuir para essa melhora no atendimento ao turista. Além disso, a PF promoverá um treinamento voltado aos guias de turismo cadastrados nas representações classistas, onde haverá orientações sobre os procedimentos migratórios, abordando desde os documentos necessários até o tráfego e circulação nas áreas de fiscalização.
A PF esclarece que o controle migratório é uma das premissas para a soberania de um país, contudo precisa caminhar ao lado de um processo eficiente e de qualidade, que atenda ao turista de forma que sua experiência seja positiva. Por isso, reforça o trabalho conjunto com outros órgãos públicos e a representação da sociedade civil organizada, buscando a excelência e eficácia no trabalho desenvolvido para a sociedade’, diz a nota.