A força-tarefa seguirá até o dia 14 de outubro e envolverá mais de duzentos servidores em ações de vistorias ambientais, limpezas e fiscalização em várias regiões da cidade, com intensificação no Morumbi, Porto Meira e Vila C, bairros com maior índice de infestação do Aedes aegypti. A ação também tem efeitos contra a Chikungunya e a Febre Amarela, causadas pelo mesmo vetor.
A atividade dá continuidade às estratégias governamentais para o enfrentamento ao mosquito vetor das doenças, cujo índice de infestação está superior aos últimos anos.
“O município passou por quatro anos seguidos em epidemia e, comparando o gráfico do diagrama de controle, vemos que o ano epidemiológico 2022/2023 terminou com o número de casos notificados para dengue maior do que esperado para o período do ano”, comentou a chefe do CCZ, Renata Defante.
Os dados epidemiológicos de 2022/2023 registraram 56.140 casos notificados, 13.398 confirmados e 22 óbitos por dengue, enquanto de Chikungunya, foram 1.789 casos notificados, sendo 532 confirmados residentes no município e 319 casos não residentes.
“Vamos empregar o máximo de força possível para enfrentar um cenário que pode se tornar uma nova epidemia na cidade. Saímos de inverno ameno e ingressamos na primavera com ondas de calor aliado às chuvas, e isso favorece a proliferação do mosquito, por isso precisamos trabalhar e também contar com o apoio fundamental de toda a sociedade para o combate ao mosquito”, expressou o coordenador do Comitê da Dengue, o secretário de Segurança Pública, Tenente-Coronel Marcos Antônio Jahnke.
As ações serão intensificadas nos pontos de “bota-fora”, com ronda de viaturas e monitoramento através de câmeras. Além disso, haverá limpeza com maquinário pesado nesses pontos e serão disponibilizadas caçambas para coleta de resíduos nas áreas prioritárias.
Conscientização
O último Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa), feito em agosto deste ano, também apontou um Índice de Infestação Predial (IIP) de 2,95% caracterizando “médio risco” e o Índice de Positividade de Armadilhas (IPA) de 9,42%, ou seja, “alto risco” para epidemias de doenças transmitidas pelo Aedes aegypti.
Os indicadores apontam a tendência para uma nova epidemia caso não ocorra o comprometimento de toda a população no combate à dengue. De acordo ainda com o LIRAa, cerca de 80% dos criadouros estão nas residências, em depósitos como lixo, recipientes de plásticos, latas, entulhos e pequenos depósitos móveis.
Informações AMN