Nessa segunda-feira (18), problemas ligados ao Hospital Municipal voltaram a ser discutidos no programa Contraponto, na Rádio Cultura. O Promotor Luis Marcelo Mafra participou da conversa. Segundo ele, na última sexta-feira (15), entrou com uma representação contra a Fundação Municipal de Saúde, no Tribunal de Contas. Mafra também comentou sobre a reunião, no Ministério Público, quando ouviu um desabafo do Diretor da Fundação Municipal de Saúde, André di Buriasco, sobre volume de ingerências externas de classistas, de sindicatos que ele recebe no hospital, mas o que mais chamou a atenção do promotor, foi sobre as ingerências políticas. ” Ele Não disse especificamente quais eram, mas lá estavam presentes representantes da Prefeitura Municipal, o Secretário Nilton Bobato, o Procurador do Município, o Presidente da Câmara, João Morales e o diretor da fundação não foi contraditado por ninguém, quando ele fez essa afirmação. Quando nós ouvimos esse tipo de consideração, é algo que muito me entristece, porque o hospital deveria ser gerido de forma técnica”.
O promotor disse ainda, que ao longo dos últimos meses a promotoria tem conversado com a direção do hospital sobre a necessidade de criação e implantação de alguns protocolos bastante claros e que sejam efetivamente cumpridos por todos. “E são protocolos simples. Estou falando de um restaurante que serve arroz com feijão. Como aconteceu um problema grave, com um paciente, no fim de semana do feriado de 7 setembro, senti que o diálogo não iria mais resolver. Por isso eu resolvi tomar uma medida mais drástica, que eu vinha adiando há algum tempo. Na sexta-feira, antes da reunião, entrei com uma representação contra a Fundação Municipal de Saúde, no Tribunal de Contas do Estado, solicitando que adote providências, apuração, punição. Alguém vai ter de dar conta disso”.
Além disso, nessa segunda-feira (18), o promotor encaminhou um Pedido de Providências, para o Secretário de Saúde, Beto Preto. No documento, o promotor requer do Estado do Paraná, “que nas hipóteses de repasses extrateto ao Hospital Municipal Padre Germano Lauck, exija da Fundação Municipal de Saúde a obediência a balizas objetivas, fundadas em indicadores e metas factíveis, com a expressa obrigação da imprescindibilidade do integral e diuturno funcionamento do hospital em todos os dias da semana, com ênfase à evolução diária dos pacientes pelos médicos e a intervenção ininterrupta do Serviço Social”, diz o documento.
Entramos em contato com Andre di Buriasco, Diretor da Fundação Municipal de Saúde, mas ele não retornou. Também buscamos informações com o Secretário de Transparência e Governança, Nilton Bobato. O espaço permanece aberto.