Em júri popular que teve início na manhã da terça-feira (29), e que se estendeu até a madrugada desta quarta-feira, os réus, acusados pelo homicídio do advogado e professor universitário Ricardo Ferreira Damião Jr, e pela tentativa de homicídio do seu filho, foram condenados.
Após os debates de acusação e defesa, o conselho de sentença acolheu a tese da acusação e decidiu pela condenação dos acusados.
RELEMBRE O CASO
No dia 27 de março de 2018, o advogado e seu filho saiam da universidade onde ele lecionava, no centro de Medianeira, e quando eles já estavam dentro do seu veículo para deixar o local, foram surpreendidos pelo atirador e atingidos por vários disparos de arma de fogo, Damião foi encaminhado em estado grave ao hospital, porém acabou falecendo na manhã do dia seguinte. O filho, que também foi atingido com um disparo no rosto, foi socorrido e levado ao hospital com ferimentos e sem risco à vida.
Após o início das investigações, no dia 22 de maio do mesmo ano, a Polícia Civil de Medianeira deflagrou uma operação em relação ao caso, e prendeu um homem em São Miguel do Iguaçu, o qual foi apontado como sendo o motorista do veículo que deu fuga aos autores do crime. Carro este que foi encontrado incendiado em uma estrada rural no interior de Matelândia.
Durante a operação, os policiais cumpriram também quatro mandados de busca e apreensão, um deles na Câmara de Vereadores de São Miguel do Iguaçu. De acordo com a polícia, um carro oficial do Legislativo serviu de apoio aos executores.
No dia 23 de fevereiro de 2019, duas pessoas supostamente também envolvidas no crime foram presas em uma operação da Polícia Civil de Medianeira em conjunto com forças policiais da região. Um dos detidos foi localizado na cidade de Cascavel e preso na BR 277 em Céu Azul após fuga e acompanhamento tático. O outro envolvido foi preso na cidade de Foz do Iguaçu, ocasião em que foi apreendida uma pistola calibre 9mm.
Na ocasião, as investigações apontaram o então vereador Edson Ferreira, de São Miguel do Iguaçu, que cometeu suicídio no dia 14 de março de 2019, como sendo o responsável pela contratação dos executores, e que em troca disso ele obteve uma espécie de apoio político para retornar à presidência da casa de leis.
E na sexta-feira, 22 de março do mesmo ano, além da prisão do Secretário de Obras e Viação de São Miguel do Iguaçu, Orivaldo Malaggi, suposto mandante do crime, também foram cumpridos mandados de busca e apreensão no gabinete dele na prefeitura, e na sua residência na cidade de Medianeira, onde foram apreendidos computadores, pen drives e celulares, para serem periciados.
Fonte: Guia Medianeira