A Câmara Municipal de Foz do Iguaçu encaminhou o ofício nº 975/2023, assinado pelo Presidente João Morales (União Brasil), pedindo que a Prefeitura libere para a Casa de Leis o uso do prédio público que está abandonado na Praça Getúlio Vargas. O imóvel, que abrigou o Poder Legislativo por quase 30 anos, está sendo depredado. Havendo autorização da prefeitura, a Câmara entregará mais um andar do anexo e assim economizará com aluguéis.
João Morales informou que o Poder Legislativo, além da sede, vinha utilizando dois andares de um prédio na rua Quintino Bocaiúva. Os gastos totais vinham na casa dos R$ 500 mil por ano. Com o propósito de reduzir custos e otimizar os espaços, um andar já foi entregue. A Câmara tem projeto para ampliar o prédio atual e desocupar o outro andar do chamado anexo. “Vendo como está abandonado esse prédio, vimos uma alternativa para transferir alguns setores e assim zerar as despesas com aluguel”, disse.
Na opinião do Presidente, não faz sentido a prefeitura estar com espaço abandonado e a Câmara pagando aluguel. “Precisamos otimizar aquilo que nós temos dentro do município, que é o espaço público e dar utilidade. Nesse caso aqui, em específico, é também um resgate histórico. É importante a utilização para evitar essa depredação, preservar o patrimônio e trazer economia para os cofres públicos”, destacou Morales.
O prédio foi originalmente construído para ser a sede oficial da Câmara de Vereadores no ano de 1972, acolhendo o Poder Legislativo Municipal por quase três décadas.
Estação Cultural, esse deve ser o destino do imóvel
Em junho desse ano, o presidente do Conselho de Patrimônio, Sergio Winkert, disse que o prédio está em processo de tombamento e o conselho havia aprovado o pedido para reformas, enviado pela Secretaria de Planejamento. “O conselho vai acompanhar todo processo de forma que atenda todo contexto histórico e cultural do imóvel”, disse Sergio Winkert.
De acordo com o diretor da Fundação Cultural, Juca Rodrigues, a proposta é usar o prédio para montar mais uma Estação Cultural na cidade, a exemplo daquela que foi criada na Vila C. Um espaço para atividades artísticas, com exposições, no piso superior, que é uma necessidade dos artistas e também para visitas de moradores e turistas e salas de aula, administrativo e reuniões, além de um miniauditório, no piso inferior.
“E um prédio histórico que precisa, obrigatoriamente, de reforma e será tombado. O Conselho de Patrimônio acompanha todo o processo para que as obras sejam feitas da forma correta. Estamos finalizando o projeto e buscando os recursos para a reforma e a implantação do espaço”.