Policiais civis do Estado do Paraná – SINCLAPOL, estão fazendo uma manifestação nesta quinta-feira (29), em Curitiba. A mobilização, segundo a categoria, é por causa do Projeto de Reestruturação da Polícia Civil, recentemente encaminhado à Assembleia Legislativa, pelo Poder Executivo do Estado.
O Projeto prevê a unificação das funções de Investigador e Escrivão em um único cargo, mas de acordo com o sindicato, quem foi contemplado com aumentos substancias foram os Delegados de Polícia, sendo que para os Escrivães e Investigadores os índices foram bem inferiores aos dos Delegados, ferindo o princípio da isonomia e desfavorecendo a base da polícia civil, que ficou com apenas os acúmulos das funções.
“A manifestação é um alerta para a população paranaense e para os Deputados Estaduais do Paraná, os quais tem a legitimidade e poder para exercer o equilíbrio e fazer valer a justiça e a democracia através das emendas parlamentares a favor da base da Policia Civil, que por anos sempre foi prejudicada nas negociações por falta de abertura de diálogo com o Departamento da Polícia Civil, o qual sempre favoreceu a categoria dos Delegados, sendo esse um problema histórico. O SINCLAPOL acredita na independência dos poderes e na postura dos nobres parlamentares para discutir de forma justa, visando sempre o interesse da população paranaense”.
Pelo menos 700 policiais civis da Capital e do interior, estão reunidos em Curitiba.
Em nota, a Secretaria de Segurança do Estado informou que nenhum serviço emergencial foi afetado e a população pode continuar procurando a polícia pelos canais físicos e digitais. Segundo as informações, a adesão foi baixa.
“O Governo do Estado já apresentou ao Sindicato a nova tabela salarial. No topo da carreira o salário sairá de R$ 11 mil para R$ 22 mil em 2026, um aumento de 100%. Do meio da carreira até o final dela os aumentos vão variar entre 32% e 81%. Além desses percentuais, ao longo do processo de reestruturação, que começou em 2022, a categoria já recebeu 9% de aumento, em média.
Além disso, no sistema antigo menos de 5% conseguiam chegar no topo da carreira. Na proposta atual, todos os policiais vão conseguir alcançar as promoções para chegar ao topo da carreira.
A gestão estadual também explicou os motivos da fusão dos cargos de investigador e escrivão para agente de polícia judiciária, que ocorrerá apenas de maneira administrativa e sem sobrecarga de trabalho, considerando que permanece a mesma jornada de trabalho de 40 horas semanais”.