Na manhã dessa quarta-feira (21), o Conselho de Patrimônio da Fundação Cultural de Foz do Iguaçu, decidiu arquivar o pedido de tombamento da Praça das Aroeiras, na região da Vila Iolanda, e que virou motivo de polêmica entre a comunidade escolar e vizinhos daquela área.
A área da praça foi escolhida pela prefeitura, para a construção da Escola Municipal Lucia Marlene Nieradka, que há mais de 20 anos funciona debaixo da arquibancada do Estádio Pedro Basso (Flamenguinho).
Para impedir a construção da escola na praça, um grupo de moradores entrou na justiça, mas a decisão foi favorável ao município, que abriu licitação e definiu a empresa para fazer a obra. Os moradores dizem que não são contra a escola e que a prefeitura tem outras opções de terrenos na cidade.
O Centro de Direitos Humanos protocolou um pedido de tombamento da área, junto ao Conselho de Patrimônio do Município, que decidiu hoje pelo arquivamento.
A decisão veio depois de uma reunião extraordinária. O relator foi o Conselheiro Israel Krindges, que se posicionou desfavorável ao pedido de tombamento, protocolado pelo Centro de Direitos Humanos (CDHM). Em seguida veio a votação dos demais conselheiros que, por unanimidade, decidiram pelo não tombamento daquele imóvel. “A alegação foi técnica, de que não atende aos requisitos de um Patrimônio Natural e Paisagístico”, disse Sergio Winkert, presidente do Conselho de Patrimônio.
Dos 18 conselheiros, 12 estavam presentes. Os representantes do CDHMP se retiraram da reunião. Para Hamilton Serighelli, a decisão foi absurda e o Centro de Direitos Humanos vai buscar a justiça para reparar o processo. “Além disso, têm pedidos de tombamento, estadual e federal, que estão em andamento e por isso não é possível qualquer tipo de obra no local”.