Diariamente o vai e vem de motos é intenso na Ponte da Amizade. Em muitos casos facilitam para fazer a travessia e fugir dos congestionamentos, mas tem ainda o uso das motos para o contrabando de mercadorias, tráfico de drogas e armas Até se organizam em grupos para driblar a fiscalização.
A Receita Federal, PRF, PM, Foztrans e Guarda Municipal se juntaram e estão fazendo operações, em dias e horários alternados, para retirar de circulação as motos em situação irregular. Dados da Receita mostram que durante todo o ano de 2022 foram apreendidas 1.139 motos e, esse ano – de janeiro a abril – 605.
Em entrevista para o Jornal da Cultura, o diretor do Foztrans, Robson Lima, disse que vai ser um trabalho permanente. A PRF cuida da parte de trânsito, documentação e o estado dos veículos. Ao Foztrans cabe verificar o transporte de passageiros. Em cada operação, em média 10 motos são apreendidas. “Apenas os mototaxistas credenciados podem fazer o transporte de passageiros de forma remunerada. Hoje são cerca de 400 cadastrados e com a documentação em dia junto ao Foztrans. O número diminuiu bastante com a chegada dos aplicativos de transporte”, disse Robson.
Quem tem o veículo apreendido e quer resgatar o bem, precisa regularizar a documentação, pagar as multas, as despesas com o pátio e o serviço de guincho. Se foi apreendida com mercadorias, drogas e armas, caracteriza crime, e são encaminhadas para a Receita e Polícia Federal, para as providências cabíveis.
Esse trabalho de fiscalização foi intensificado desde março, quando todas as forças de segurança da fronteira participaram da Operação Motos, na Ponte da Amizade, por onde circulam diariamente em média 20 mil motocicletas, 42 mil veículos e 83 mil pessoas, segundo a Receita Federal.