Durante as investigações, a Polícia Federal apurou que o casal, residente em Foz do Iguaçu, importava irregularmente o azeite da Argentina e revendida pela internet e enviava para diversas regiões do país.
Eles possuem o registro da marca “Valle Viejo”, que está com a comercialização suspensa pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) desde 2021. Laudos periciais realizados anteriormente apontaram que o produto em questão é uma mescla de óleos de soja e girassol e apresentou acidez de 5,2%. Vale frisar que, de acordo com as normas brasileiras, o azeite se torna impróprio para consumo humano quando a acidez é superior a 2%.
Segundo a PF, mesmo com a prisão do investigado no final do ano passado em decorrência de diversas condenações, a mulher continuou as atividades ilícitas.
Foi cumprido mandado de busca e apreensão na residência dos investigados. Como resultado, foram apreendidas dezenas de garrafas de produto com a identificação de azeite de oliva já embaladas para envio. O material será submetido a exames periciais. Se confirmarem as suspeitas, o casal será indiciado pelo crime de adulteração de substância alimentícia, cuja pena pode alcançar oito anos de reclusão.
Lampante, nome dado para a operação, é um óleo produzido a partir de azeitonas fermentadas, com acidez superior a 2% e, portanto, impróprio para consumo humano. Antigamente, o lampante era utilizado como combustível para lamparinas.