Harpias do Refúgio Bela Vista da Itaipu voltarão para o recinto com visitação pública

Elas foram isoladas, há quase um ano, para a realização de obras de melhorias no local

Foto: Rubens Fraulini / Itaipu Binacional

As oito aves que serão soltas nesta quinta-feira (04), são harpias jovens, ainda sem parceiros, que ficarão juntas para a socialização e possível formação de novos casais. Além disso, uma das aves carregará um dispositivo de monitoramento para testes. Esse equipamento, em forma de mochila, conta com GPS e pode ser utilizado futuramente em aves na natureza.

O programa
O Refúgio Biológico Bela Vista é referência mundial no manejo da espécie, que está ameaçada de extinção, e há mais de 20 anos mantém indivíduos sob seus cuidados. O primeiro a chegar no local foi um macho, resgatado depois de ter sido abandonado à beira de uma rodovia em Foz do Iguaçu, provavelmente vítima do tráfico de animais. A partir dele, e de uma fêmea transferida do zoológico de Brasília, a instituição iniciou o trabalho de procriação.

Atualmente ela é a única no país com reprodução continuada da espécie e a única no mundo que possui duas gerações, ou seja, com filhotes de aves já nascidas em cativeiro. Isso dá ao Refúgio a autorização para exportar harpias para criadouros em outros países. De Foz já saíram casais de aves para França e Alemanha, além de outros indivíduos para zoológicos e criadouros de diversos estados do Brasil. Até 2023, já haviam nascido 56 harpias no Refúgio e o plantel atual é de 32 indivíduos.

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