O Núcleo de Comerciantes da Avenida Brasil, em Foz do Iguaçu, já recebeu o resultado do estudo feito por estudantes de Arquitetura e Urbanismo da UDC. Com base nos dados, poderá ser elaborado um projeto para revitalizar a avenida, principal rua de comércio na cidade. O pedido para o estudo veio depois das reclamações dos comerciantes e moradores que frequentam as lojas na avenida.
O trabalho foi acompanhado pelos professores José Teodoro e Eliziana Kleins, coordenadores do curso, que hoje participaram do Jornal da Cultura e destacaram o que pode ser feito para resgatar a avenida, que é uma via histórica. Segundo eles, 29 estudantes do curso participaram de todo processo. O estudo começou em 2021, escutando os empresários. Em seguida foi aplicada uma pesquisa de campo para saber também a opinião do público. “Ficamos uns três meses rodando essa pesquisa e tivemos os resultados dos anseios e dores. A falta de segurança apareceu em primeiro lugar. A grande maioria não se sente segura passando fora do horário. Também apareceu na lista a falta de bancos, calçadas, manutenção, acessibilidade e banheiro público, para que o cliente possa circular com conforto. O público é do lojista e ele precisa estar tranquilo como se estivesse num shopping a céu aberto”, destacou Eliziana.
Sobre a arborização, o estudo não prevê a retirada de nenhuma árvore. “Elas podem receber canteiros para proteger os pedestres e evitar os tropeços. Todas as alternativas estão no estudo e tem condições de serem implantadas”, disse o professor José Teodoro.
O estacionamento também apareceu na pesquisa. A professora Eliziana disse que, é possível reduzir em 20% as vagas para melhor acomodar os espaços e a circulação de carros e pedestres. “Uma via mais compartilhada, mais gentil com os clientes, que andam devagar na calçada, olhando as vitrines e o carro circulando em menor velocidade. Em alguns trechos, em determinados dias, é possível fazer o bloqueio, sem problema, para a realização de eventos”.
O empresário Carlos Bordin, do Núcleo da Avenida Brasil, disse que o estudo dos alunos superou as expectativas. “Quando isso for mostrado vai surpreender também outros arquitetos e os cidadãos de um modo geral”.
A data da apresentação, para a comunidade, ainda será marcada pelos responsáveis. A elaboração do projeto deverá contar com a participação do PTI – Parque Tecnológico Itaipu.