A Secretaria Municipal da Saúde vai ampliar o horário de funcionamento de quatro Unidades Básicas de Saúde (UBSs) a partir do dia 1º de março para atendimento a casos suspeitos de dengue. Além da Unidade do Cidade Nova, que já atende no período noturno, e terá uma equipe extra das 19 às 22 horas, as UBSs da Vila Yolanda, Profilurb II, Morumbi III e São João terão expediente até as 22h.
A estratégia visa facilitar o acesso do usuário ao serviço e principalmente, organizar o fluxo de atendimentos, tendo em vista que quase 70% dos casos registrados nas UPAS (Unidades de Pronto Atendimento), nas últimas semanas, são considerados leves e poderiam ser atendidos nas Unidades de Saúde. “A população precisa compreender esse fluxo, e procurar a unidade básica ao primeiro sintoma da doença, como dor de cabeça, dor no corpo e febre, para que o atendimento e as notificações sejam feitas da maneira correta e não superlotem as UPAS”, disse a secretária de saúde, Rose Meri da Rosa.
O diretor da Fundação Municipal de Saúde, André Di Buriasco explica que apesar de toda a estrutura das UPAS, o volume de pacientes com sintomas leves da doença tem excedido a capacidade de atendimento. “Tomamos algumas medidas para reforçar a capacidade de atendimento, com novas escalas médicas e contratação de profissionais da enfermagem. Criamos uma ala para dengue na Upa Samek e estamos colocando novos leitos no Hospital, mas nos últimos três dias, mais de 1.700 pessoas foram atendidas nas Upas, o que vai alem da nossa capacidade”.
UPAS
Somente neste mês de fevereiro (até o dia 22), as duas UPAS registraram mais de 10 mil atendimentos – 5.028 na Walter Cavalcante Barbosa, no Morumbi e 5.636 na João Samek, no Jardim das Palmeiras, com uma média de 480 atendimentos dia, o que representa um aumento de 12% na comparação com janeiro. Na Unidade Padre Ítalo, no Porto Meira, 304 atendimentos foram feitos em um único dia, também refletindo num aumento 20% em relação a janeiro. Somente em fevereiro, a Unidade contabiliza 5.816 atendimentos.
“A diferença não parece grande, mas tem um efeito maior quando se calcula as avaliações pós-exames, reavaliações clínicas, etc. No mínimo, um paciente passa até três vezes pelo médico, o que pode acarretar numa espera longa para quem está classificado como baixo risco”, esclarece o diretor das UPAS, Ademir Ferreira.
Dengue
Foz do Iguaçu tem mais de 7 mil notificações para dengue, com 458 casos confirmados e um óbito, desde o início do ano epidemiológico, que começou em agosto de 2022. O público feminino corresponde à maioria dos casos (56%), especialmente na faixa etária de 15 a 29 anos. O município também monitora os casos de Chikungunya, que até agora somam 34 notificações e 7 casos confirmados de pessoas residentes na cidade e 17 de não residentes. A grande preocupação das autoridades em saúde é com o surto de Chikungunya no Paraguai, que já contabiliza 23.838 casos e 23 mortes pela doença, com maior incidência na capital, Assunção.
Tanto a dengue, quanto a Zika e Chikungunya tem sintomas muito parecidos, como dor de cabeça, febre e dores nas articulações. A orientação para todos os casos é a mesma: Buscar a unidade de saúde mais próxima de casa aos primeiros sintomas.
Pacientes classificados com dengue tipo B (não têm sinais de alarme, mas têm um risco maior de gravidade) são encaminhados às Upas e em casos de dengue C ou D (com sinais de alerta) são encaminhados ao Hospital Municipal.
PMFI