Um grupo de moradores se reuniu ontem, (10) no fim da tarde, na área onde está a Praça das Aroeiras, perto da Vila Yolanda e que ficou conhecida porque lá está prevista a construção da Escola Municipal Professora Lucia Marlene Pena Nieradka, que, desde 2002, funciona embaixo da arquibancada do Estádio Pedro Basso.
No encontro de ontem também estavam presentes o representante do Centro de Direitos Humanos e Memória Popular de Foz do Iguaçu, José Luiz Pereira e Hamilton Serighelli, do Centro de Direitos Humanos. É que o CDH entrou com um pedido de tombamento, para preservar a praça do jeito que está e que não seja permitida a construção da escola naquela área. De acordo com Jose Luiz, o Artigo 18, da Lei de Tombamento, diz que, a partir desse pedido, não é possível fazer qualquer intervenção no local.
Ontem de manhã, em entrevista ao Jornal da Cultura, o prefeito Chico Brasileiro disse que o município buscou outros terrenos para a escola, mas todos eram muito distantes e por isso a escolha da praça, inclusive, com uma decisão da justiça, autorizando a construção. Os moradores dizem que nenhum deles é contra a escola e até fizeram um levantamento com sugestões de outros terrenos do município para a nova sede da escola. Com esse impedimento, baseado na Lei de Tombamento, os moradores garantiram que vão continuar o movimento em defesa da praça, sem qualquer obra.
Em nota, a prefeitura informou que o terreno possui 4.698 m², e a área construída vai ocupar 1.730m², preservando a área verde do local. Ou seja, os moradores não vão perder a praça, mas poderão ocupá-la de forma compartilhada com os alunos.
A homologação da obra foi publicada neste mês no Diário Oficial do Município e a construção deve começar nos próximos dias. A execução da obra foi possibilitada em virtude de sentença de primeiro grau favorável ao Município.
A Secretaria da Educação esclarece ainda, que não há nenhum outro terreno nesta região que se enquadre para a construção da escola. Além disso, é preciso que a distância seja de no máximo 2 km da atual sede, (localizada na Rua Major Acylino de Castro), para facilitar o acesso dos alunos.
Antes de optar pelo atual terreno, localizado na Rua Cruzeiro do Sul, o município solicitou ao Governo do Estado a doação de uma parte da área onde está localizado o Colégio Agrícola, não sendo autorizado, pois a unidade de ensino pretende ampliar o espaço de atendimento.
A nova escola Professora Lucia Marlene terá seis salas de aula, sala multimídia, biblioteca, laboratório de informática, sanitários, salas administrativas, secretaria, refeitório e cozinha, pátio central descoberto, playground e quadra esportiva coberta. As salas serão construídas voltadas para a praça central, com ampla circulação de acesso, criando um ambiente seguro para as crianças. O valor previsto na construção é de R$ 5,4 milhões com prazo de execução em 540 dias.