O Parque Nacional do Iguaçu celebra 84 anos de criação, nesta terça-feira, 10 de janeiro, com bons resultados em diversas áreas, com destaque para os ganhos ambientais e turístico da unidade de conservação. A população de onças-pintadas, animal símbolo do parque, cresceu cerca de 70% nos últimos anos. Já a visitação turística, que colabora para o desenvolvimento da economia local e regional, está em forte recuperação, representando 71% do ano de 2019, período anterior à pandemia. E as novas perspectivas com a concessionária Urbia Cataratas S.A., responsável pela gestão turística, são de investimentos de 500 milhões, nos próximos cinco anos, que vão contribuir para melhorar a experiência dos visitantes e despertar ainda mais o desejo de brasileiros e estrangeiros de visitar a cidade de Foz do Iguaçu.
Para falar do aniversariante é preciso valorizar a sua história e resgatar a sua certidão, bem como suas conquistas ao longo dos anos. Para isso, listamos duas marcas importantes, entre tantas outras referências. O Parque Nacional do Iguaçu foi criado em 10 de janeiro de 1939, por meio do Decreto-Lei n.º 1.035, do então presidente da República Getúlio Vargas. No ano de 1986, recebeu o título, concedido pela Unesco, de Patrimônio Mundial Natural. Já as Cataratas do Iguaçu, localizadas no interior da unidade de conservação, receberam o título de Maravilha Mundial da Natureza no dia 11 de novembro de 2011, em uma eleição internacional, com votos de pessoas de todo o mundo.
Comemoração local – Na terça-feira, 10 de janeiro, o parque realizará uma programação cultural para saudar a data. As atividades serão concentradas no Centro de Visitantes da unidade, das 9h às 11h. O chefe do Parque Nacional do Iguaçu, José Ulisses, fará a abertura das atividades comemorativas, juntamente com as concessionárias do parque, e representantes de entidades locais. Os visitantes vão ser recepcionados com música clássica durante toda a manhã. O grupo Energia Pura fará uma apresentação exclusiva, mesclando clássicos, tango, pop clássico, música latina e rock.
Listamos temas relevantes que reforçam a importância de a sociedade comemorar a existência e vitalidade do Parque Nacional do Iguaçu
Turismo sustentável – O Parque Nacional do Iguaçu se consolidou, nesses 84 anos, como referência na conservação da natureza e no turismo sustentável no mundo. O parque, que é um dos mais visitados do Brasil, protege uma área de 185 mil hectares de Mata Atlântica e uma rica biodiversidade, constituída por espécies singulares da fauna e flora brasileiras. A unidade de conservação brasileira, localizada no Oeste do Paraná, faz fronteira com a Argentina, na província de Missiones. Já as Cataratas do Iguaçu estão situadas entre a cidade brasileira de Foz do Iguaçu e a argentina Puerto Iguazú.
A sua riquíssima biodiversidade e a raridade de beleza cênica contribuíram para transformar o Parque Nacional do Iguaçu em Patrimônio Natural da Humanidade, no ano de 1986, e no abrigo da Maravilha Mundial da Natureza, no ano de 2011, em votação mundial. Atualmente, o parque realiza ações de visitação pública, pesquisa, educação ambiental e proteção. Todo esse cuidado e trabalho integrado proporcionam aos visitantes condições únicas e inesquecíveis de contato com uma das mais raras feições da natureza.
Gestão de referência no Brasil – O Parque Nacional do Iguaçu é administrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), órgão federal responsável pela administração das unidades de conservação federais do Brasil. Desde o ano de 1999, o parque conta com gestão concessionada dos serviços de visitação turística. Desde dezembro de 2022, a concessionária Urbia Cataratas S.A. é responsável pela gestão turística da unidade de conservação.
Concessionária Urbia Cataratas S.A. – O Grupo Cataratas, principal empresa de turismo sustentável do país, à frente da concessão do PNI desde 1999, é reconhecido pelos serviços voltados ao ecoturismo nos principais parques nacionais do Brasil e pela gestão de atrativos de bem-estar animal. Reúne seis atrativos em Foz do Iguaçu, Rio de Janeiro e Fernando de Noronha. O compromisso com a sustentabilidade e com a conservação está no seu DNA, tendo sido eleita três vezes a companhia mais sustentável na área de turismo e hotelaria no Brasil (Revista Exame – Guia Exame de Sustentabilidade).
Criada em 2019, a Urbia é uma empresa que nasceu com o propósito de valorizar, cuidar e preservar o patrimônio histórico e ambiental, enquanto oferece lazer qualificado, entretenimento e cultura a todos os usuários. A dedicação da empresa se concentra em criar, a cada dia, um mundo melhor com mais diversidade, inclusão e cidadania. Ao todo, possui em seu portfólio quatro contratos de concessões especializadas na gestão de parques públicos da capital paulista e da Região Sul do país, entre os quais estão: Parque Ibirapuera, Parque Nacional Aparados da Serra e Serra Geral, Parque da Cantareira e Horto Florestal.
Juntas, as duas principais concessionárias de parques nacionais do país formaram a Urbia Cataratas S.A., somando experiência em gestão, grandes projetos de engenharia, além da expertise em educação ambiental e sustentabilidade. A concessionária está implementando um projeto robusto, moderno, inspirado nas melhores referências mundiais para encantar ainda mais os visitantes do Parque Nacional do Iguaçu e promover o desenvolvimento econômico da região.
Investimentos no parque – Nos próximos cinco anos serão investidos R$ 500 milhões em infraestrutura, operação e atrativos para o Parque Nacional do Iguaçu. O novo investimento vai ampliar a prestação dos serviços públicos de apoio à visitação, revitalização, modernização, operação e manutenção dos serviços turísticos, incluindo o custeio de ações em prol da conservação, proteção e gestão.
Além disso serão aplicados no mínimo 6% de toda a receita do parque, ao longo dos 30 anos, em projetos de pesquisa, planos de manejo de espécies, ações de educação ambiental, iniciativas de integração com os municípios do entorno, monitoramento e divulgação.
Economia – Além de abrigar um dos principais atrativos turísticos do mundo, o Parque Nacional do Iguaçu também possui grande importância para o desenvolvimento regional, gerando cerca de centenas de empregos diretos e milhares de empregos indiretos. Em média, por ano, o parque gera R$ 25 milhões de ICMS Ecológico para os municípios do seu entorno. Estima-se que quase 50% da economia de Foz do Iguaçu esteja relacionada ao turismo e à visitação da unidade de conservação.
Pesquisa – O Parque Nacional do Iguaçu também funciona como um grande laboratório a céu aberto, potencializando esforços em favor da conservação por meio de incentivo às pesquisas. Anualmente, o parque atende, em média, mil instituições de ensino, apoiando mais de 30 mil alunos, professores e pesquisadores. Grande parte dos trabalhos científicos relacionados ao parque, cerca de 600, é sobre sua colossal biodiversidade. Entretanto, sabemos que é amplamente pesquisado e é tema de muitas outras pesquisas, visto que é referência em estudos acerca do parque e suas influências. Os temas são os mais diversos. Um exemplo são as últimas pesquisas sobre borboletas, que revelam um número de 800 espécies, algumas ainda não catalogadas.
Aumento de visitantes e desenvolvimento regional – Desde a primeira concessão da visitação turística, no ano de 2000, o parque já recebeu mais de 26 milhões de visitantes, chegando a receber mais de dois milhões de turistas em um único ano. Os constantes investimentos na qualidade de atendimento ajudaram o parque a consolidar-se entre os atrativos mais visitados e sonhados do Brasil.
Mais experiências – O novo contrato de concessão amplia para quatro polos as possibilidades de visitação do Parque Nacional do Iguaçu. Além da requalificação e manutenção de todas as trilhas existentes nos polos, ainda há previsão de requalificação dos equipamentos de lazer fora do Polo Cataratas, tais como parque infantil, espaço de piquenique, mobiliário urbano, quadra esportiva e academia ao ar livre em alguns locais. Confira as áreas dos novos polos: Polo Cataratas (Foz do Iguaçu), 5.592 hectares; Polo Silva Jardim (Serranópolis do Iguaçu), 29.244 hectares; Polo Rio Azul (Céu Azul), 3.098 hectares; e Polo Ilhas do Iguaçu e Gonçalves Dias (Capanema), 30.526 hectares.
Mapa do parque – O Parque Nacional do Iguaçu está localizado no estado do Paraná e, em seus 420 quilômetros de extensão, abrange 14 municípios que compõem sua microrregião geográfica: Capanema, Capitão Leônidas Marques, Santa Lúcia, Lindoeste, Santa Tereza do Oeste, Diamante D’Oeste, Céu Azul, Matelândia, Ramilândia, Medianeira, Serranópolis do Iguaçu, Santa Terezinha de Itaipu, São Miguel do Iguaçu e Foz do Iguaçu. Em sua porção sul, o parque limita-se em mais de 60km com o Parque Nacional Iguazú, integrando importante contínuo biológico do centro-sul da América do Sul, o que traz oportunidades de troca e cooperação nos esforços de conservação da biodiversidade.
O território do parque faz parte da Ecorregião Florestas do Alto Paraná, que envolve desde as encostas a oeste da Serra do Mar, no Brasil, até o leste do Paraguai e a província de Missiones, na Argentina, com uma área de mais de 471 mil km². É a maior das 15 ecorregiões existentes do bioma Mata Atlântica. O parque está localizado em uma região de fácil acesso, e todos os seus polos podem ser acessados por vias terrestres asfaltadas.
A principal via de chegada aos polos Cataratas (Foz do Iguaçu), Silva Jardim (Serranópolis do Iguaçu) e Rio Azul (Céu Azul) é a BR-277, que corta o estado do Paraná no sentido leste a oeste, conectando o Porto de Paranaguá com a Ponte Internacional da Amizade. Já o Polo Ilhas do Iguaçu e Gonçalves Dias (Capanema) é acessado por meio da BR-163.
Todos os municípios limítrofes ao parque possuem rodoviárias. A região conta com dois aeroportos: o Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu e o Aeroporto Municipal de Cascavel. Já Puerto Iguazú, na Argentina, também tem um aeroporto internacional (Aeroporto Internacional Cataratas del Iguazú).
Trilhas e caminhos – A missão do parque é transformar visitantes, vizinhos e parceiros em aliados da conservação por meio de experiências e de oportunidades que provoquem sentido e conexão com a natureza. Dessa forma, o Parque Nacional do Iguaçu acredita que, quanto mais visitantes conhecerem o PNI, mais pessoas serão encantadas por ele e buscarão protegê-lo. O Parque Nacional do Iguaçu possui 14 municípios em sua área de influência. É possível realizar trilhas em todos os polos do parque. Como a Trilha do Saltão Silva Jardim, na cidade de Capanema; Trilha das Perobas, em Céu Azul; e a Trilha da Onça, em Serranópolis do Iguaçu.
Rica biodiversidade – Quanto à flora, o parque, em sua essência, é coberto pela Floresta Estacional Semidecidual (FES), do tipo Submontana na região Central e Sul, e Montana mais ao Norte. Apresentam elevada importância na floresta as espécies Aspidosperma polyneuron (peroba-rosa) e Euterpe edulis (palmito-juçara). Quanto à diversidade, foram identificados até o momento 761 angiospermas, 16 pteridófitas e 464 espécies de fitoplâncton. De acordo com a Lista Vermelha da IUCN, 16 espécies possuem o status “Em perigo”, como a Aspidosperma polyneuron (peroba-rosa) e Araucaria angustifolia (araucária), e sete “Vulneráveis”, como o Euterpe edulis (palmito-juçara) e Apuleia leiocarpa (garapa ou grápia).
Quanto à fauna, são elencadas até o momento 158 espécies de mamíferos, 390 de aves, 48 de répteis, 12 de anfíbios, 175 de peixes e pelo menos 800 de invertebrados. Segundo a Lista Vermelha da IUCN, foram verificadas dez espécies da fauna com status de conservação “Em perigo”, como a Puma concolor (onça-parda) e Panthera onca (onça-pintada), e 13 “Vulneráveis”, como Alouatta guariba (guariba), Mazama nana (veado-bororó), entre outras.
Conservação da onça-pintada – A onça-pintada é o maior felino das Américas e o terceiro maior do mundo. É uma espécie criticamente ameaçada de extinção na Mata Atlântica. O parque representa 80% das florestas remanescentes do Paraná. Aqui vivem, aproximadamente, 24 onças-pintadas, a única população crescente nesse bioma.
O Projeto Onças do Iguaçu é um projeto institucional do Parque Nacional do Iguaçu, que tem como missão a conservação da onça-pintada, como espécie-chave para a manutenção da biodiversidade na região do parque. O projeto conta com diversos apoiadores e trabalha em conjunto com a população local que reside em municípios que margeiam a unidade, para manter o bem-estar dos felinos.
Observação de aves – O Parque Nacional do Iguaçu vem buscando diversificar as experiências de visitação e, ao mesmo tempo, envolver a comunidade local nesse processo. Por conta disso, em 2021, iniciou-se o credenciamento de condutores de visitantes observadores de aves.
O parque possui mais de 340 espécies de aves, muitas raras e ameaçadas de extinção, o que torna a atividade de “passarinhar” em Foz do Iguaçu, Serranópolis, Céu Azul e Capanema muito atrativa. Até o momento, a unidade tem 27 condutores credenciados.
Santos Dumont – Conforme o edital da nova concessão, essa personalidade tão importante para a criação do Parque Nacional do Iguaçu deverá ter um espaço de memória. O local abrigará uma exposição permanente sobre a temática Santos Dumont, contando com elementos de interpretação e informações apresentadas de maneira gráfica, didática e atrativa, com o objetivo de enriquecer a visita ao PNI.
Essa demanda é fruto de um pedido da sociedade, que, muito grata pela atitude de Santos Dumont, um dos grandes responsáveis pela criação do parque, solicita que seu feito seja compartilhado com todos que visitarem a unidade de conservação.
História de moradores locais ao longo dos anos – Encantado com a beleza das Cataratas, Frederico Engel (1868–1976) é considerado o primeiro desbravador dessa área no sentido de promover o interesse turístico. Iniciou a abertura da primeira estrada que ligava a cidade às quedas, um trajeto que nos idos de 1915 era realizado de charrete, percurso difícil que demorava de seis a sete horas. Proprietário de um dos primeiros hotéis de Foz, era dele também o Hotel Brasil, situado na área que hoje conforma o PNI, uma singela casa de madeira com apenas dois quartos e uma sala.
Sua história está registrada no livro “Frederico Engel: pioneiro do turismo e hotelaria em Foz do Iguaçu”, de autoria do seu bisneto, Renato Rios Pruner, lançado em 2014, que o escreve com base no diário da avó, Elfrida Engel Nunes Rio, filha de Frederico.
Ele ficou conhecido também por ter ido buscar Santos Dumont, que visitava a Argentina, para conhecer as Cataratas do lado brasileiro, em 1916. Dumont ficou dois dias hospedado no Hotel Brasil, e sua visita à área foi parte importante no processo que viria a resultar na criação do parque. Sua filha, Elfrida Engel, também se tornou uma figura importante na história de Foz. Considerada uma redatora incrível, colocou em palavras o “retrato” da sociedade iguaçuense da época e registrou várias passagens importantes na história da unidade de conservação, como a passagem de Santos Dumont pela região.
Santos Dumont e a cavalgada que mudou a história das Cataratas – Em 1916, Alberto Santos Dumont (1873–1932), conhecido como o “Pai da Aviação”, estava em Porto Aguirre, na Argentina, quando Frederico Engel foi convidá-lo a conhecer as Cataratas pelo lado brasileiro. Nessa visita, ficou registrada a apreensão que Dumont causou ao restante da comitiva, ao se sentar no local hoje conhecido como Salto Floriano, na ponta de uma tora presa sobre o precipício, onde ficou “de braços cruzados, imóvel, extasiado contemplando a maravilhosa Garganta do Diabo, sem medir consequências nem se importando com o tempo”.
Maravilhado com a grandeza e beleza das Cataratas, expressou surpresa em saber que pertenciam a um particular. Decidiu então mudar o roteiro da sua viagem, que seguiria para o Rio de Janeiro, para ir antes até Curitiba falar com as autoridades do estado. Após um baile realizado em sua homenagem na então Vila do Iguaçu, partiu a cavalo para Guarapuava, em uma viagem de seis dias, a qual continuou de carro e trem até a capital paranaense. Lá conversou com o então governador do estado, Affonso Camargo, a quem solicitou que o local se tornasse público e protegido.
Harry Schinke e os primórdios da promoção da visitação turística nas Cataratas – Imigrante alemão, Harry Schinke (1902–1976) viveu em Foz do Iguaçu e ficou conhecido como o “Fotógrafo da Fronteira”. Foi pioneiro em várias questões, como fotografia, conhecimento da inteligência farmacêutica da época e na estruturação do turismo para as Cataratas.
Farmacêutico de formação, manipulava e produzia medicamentos e montou o primeiro laboratório de Foz. Conta-se que atendia todos que o procuravam e se tornou uma referência não só no Brasil, mas também no Paraguai e Argentina. Quando não conhecia a doença, estudava exaustivamente até encontrar uma alternativa de tratamento.
Amante da natureza, ia quase todos os finais de semana para o Rio Iguaçu. Uma foto de 1925 registra uma dessas incursões – intitulada “Passeio a um lugar onde ninguém ia”, indica como a visitação dessas áreas não era ainda parte da cultura local. Começou a fotografar como hobby, porém a atividade foi tomando importância crescente na sua vida e na vida da cidade. São dele os primeiros registros retratando o cotidiano da região nas décadas de 1920 e 1930. É dele a responsabilidade do primeiro laboratório de revelação fotográfica da cidade.
Ganhou de presente de uma família argentina (da qual ele conseguiu curar o filho) o primeiro automóvel da cidade – um Ford Bigode apelidado de “Bigodinho”. Até então existiam na região apenas charretes, e o trajeto até as Cataratas demorava oito horas. Com o “Bigodinho”, começou a levar autoridades e turistas para visitar a área, percorrendo um trajeto que não era fácil. Montou também o primeiro posto de gasolina da região.
O Tarzan das Cataratas – O austríaco Franz Kohlenberger (1929–2015) chegou a Foz do Iguaçu em 1955, como turista, e acabou ficando. Na época, o Hotel das Cataratas estava em construção. Três anos depois, Franz se juntou à equipe de trabalhadores da empresa, sendo ele o primeiro funcionário registrado, mesmo sem ser fluente no português. Desempenhou as funções de barman e chefe de excursões. Depois de quatro anos, foi promovido a gerente do Hotel das Cataratas, onde permaneceu até 1977, quando abriu o próprio negócio, a Churrascaria Cabeça de Boi, referência em Foz.
Ele levava os hóspedes em aventuras pelo parque, de forma voluntária e gratuita, percorrendo as encostas das Cataratas pelas pedras (antes das passarelas, que foram construídas na década de 1970) e o Rio Iguaçu em passeios de barco a remo até a Garganta do Diabo. Fundou o Porto Canoas e, mesmo sem saber nadar, transportava de canoa artesanal turistas e pessoas ilustres pelo Rio Iguaçu, como o rei da Bélgica, dando origem ao hoje conhecido “Passeio do Macuco”.