Como em todo final de ano, o Centro de Pesquisas Econômicas e Aplicadas (Cepecon) da UNILA faz uma avaliação dos preços dos produtos da Ceia de Natal e de festas de fim de ano e mostra a variação dos principais produtos em relação ao mesmo período do ano passado.
Segundo o levantamento, o maior aumento nos preços foi em relação ao pernil suíno, que está 107,4% mais caro se comparado ao Natal de 2021. E na lista de produtos que sofreram maiores alterações ainda estão o biscoito champanhe (85,1%) e as nozes (58,9%).
O consumidor precisa ficar atento também à variação entre os locais de compra, especialmente para produtos como uvas-passas escura e branca, champanhe (tipo Sidra) e biscoito de champanhe, cuja variação entre pontos de venda flutuaram entre 74 e 80%.
O coordenador do Cepecon, professor Henrique Kawamura, orienta pesquisar sempre antes de comprar e que é possível fazer consulta pelo App Menor Preço do Nota Paraná, a fim de evitar a ida a vários supermercados. Todas as informações sobre a variação de preços dos produtos natalinos estão disponíveis no Boletim de dezembro do Cepecon em https://cepecon.com/.
Apesar da grande alteração de preços do pernil suíno, o levantamento mostrou que entre outras proteínas de fonte animal a variação foi menor, como é o caso do frango, com aumento de 18,2% em relação ao Natal passado, seguido do peru, que ficou 13,1% mais caro. Já a ave tipo Chester ou Fiesta foi o único produto dessa natureza que reduziu o preço em relação ao ano anterior, com variação negativa de aproximadamente 11,9%. E quanto às bebidas para acompanhar o churrasco que reúne as famílias nas festas de final do ano, é preciso ficar atento que a cerveja aumentou 12% em relação ao ano passado, enquanto a champanhe (tipo Sidra) teve uma redução de 14,1%.
Cesta básica
Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-Foz) dos itens da cesta básica apresentou, em dezembro, um aumento de 1,63% em relação ao mês anterior. Entre os itens com maior variação positiva destacam-se aves e ovos, com elevação de 7,2%, e produtos de higiene pessoal, com aumento de 6,24%. Já as hortaliças e verduras reduziram 20,4%, e os pescados estão 14,4% mais baratos.
Entre as hortaliças, o destaque ficou por conta da queda de 4,5% nos preços da alface e de 4,2% no preço do cheiro-verde. A expectativa é de que os preços da alface se estabilizem nas próximas semanas. O preço do tomate também teve redução neste mês, de cerca de 20%. O levantamento apontou que o aumento da temperatura nas últimas semanas acelerou a maturação, ocasionando o aumento da oferta e sua consequente queda no preço. Já a batata apresentou um aumento de 11,7% no período, em decorrência da estabilização do clima, principalmente no sudoeste paulista.
As carnes, bastante consumidas nas festas de fim de ano, apresentaram redução de 3,3% nos preços. A alcatra está 19,8% mais barata, assim como a paleta e o peito bovino, com queda nos preços de 18,9% e 17,2%, respectivamente. Já a costela ficou 17% mais cara e o contrafilé reduziu 0,88%.
Unila