O professor universitário, Juan Carlos Sotuyo tirou um ano sabático para fazer pesquisas sobre os diferentes sistemas de inovação. No período de julho de 2017 a agosto de 2018, o professor visitou instituições de ensino, ciência e tecnologia e inovação nos EUA e em cinco países europeus. A noite de autógrafos do professor Sotuyo será no dia 22 de novembro, às 19h, durante a programação da Feira Internacional do Livro, que vai até dia 24, no Clube Gresfi em Foz do Iguaçu.
“Visitei seis instituições com o objetivo de estudar como funcionam os denominados sistemas ou ecossistemas de inovação. Estes são necessários para conquistar novos produtos ou serviços e assim manter e conquistar novos mercados. São importantes para as novas descobertas, transformadas em produtos ou serviços para que sejam utilizados pelas comunidades”, explica o professor Juan Carlos Sotuyo, que foi um dos criadores do Parque Tecnológico de Itaipu.
O livro conta a experiência que o professor da Unioeste/Foz vivenciou em cada uma das cidades visitadas: Austin/EUA, Valência/Espanha, Trento/Itália, Karlsruhe/Alemanha, Manchester/Reino Unido e Nantes/França. Sotuyo entrevistou mais de 115 pessoas que já participaram de processos de inovação em seus países. “Eu conversei com pesquisadores de universidades, investidores, empresários e agentes de governos para entender como funciona o sistema integrado para promover estes ambientes de inovação. Eu observei a percepção que cada um tem sobre a inovação em seu território”, conta o professor, “mas observei sobretudo, sobre como é a política pública para que isso aconteça”.
No livro Caminhos da Inovação: uma vivência profissional também conta um pouco sobre a criação do Centro de Engenharia e Ciências Exatas da Unioeste/Foz, da criação do Instituto de Tecnologia Aplicada e Inovação/ITAI e do Parque Tecnológico de Itaipu.
Juan Carlos Sotuyo também aborda no livro, os conceitos de inovação para as pessoas que não conhecem o tema e possam entender com mais facilidade sobre o conceito. “Também deixo uma proposta para discussão sobre a nossa realidade brasileira, regional e até mesmo na América Latina, sobre as experiências que aprendi e pode ser adequado à nossa realidade, com o objetivo de fomentar as inovações em nossos territórios”.
Sotuyo explica que cada local é um local e não fez nenhum estudo comparativo entre as cidades no livro. Para ele, não existe forma de comparar as histórias, pois são frutos de diferentes processos históricos, vividos com as diversas crises em cada país, como a desindustrialização com a transferências das indústrias para os países asiáticos, crises do petróleo e a crise financeira de 2008. “Cada um desses lugares foi se reinventando para promover novos processos de educação, ciência, tecnologia e inovação, para gerar novos negócios e riquezas”.
Legado para as gerações
O professor Juan Carlos Sotuyo conta que a razão para escrever o livro, com 530 páginas, é fundamentalmente para deixar um legado do que presenciou e vivenciou durante um ano de pesquisa, pois contém muitas experiências importantes para o desenvolvimento das cidades. “O meu livro tem um tamanho razoável e eu deixei os depoimentos dos entrevistados quase que na íntegra, pois são muito ricos em informações. Também estou propondo, uma abertura para discussão sobre o que se pode fazer no Brasil, especialmente em nossa região, e por que não em toda a América Latina. Esta proposta é para que possamos transformar este processo em desenvolvimento econômico, sustentável e desenvolvimento socioeconômico, tendo a tecnologia como uma questão indispensável”.
Sotuyo ressalta ainda, que sem ciência e tecnologia não existe desenvolvimento em nenhum lugar do mundo. “Nós temos que escolher: ou ser dependentes permanentemente, ou escolher condições para um novo marco no desenvolvimento como um todo. Isso somente é possível, desde que se tenha continuidade nas políticas públicas e que governos se comprometam com desenvolvimento socioeconômico”.
O livro é indicado para estudantes de graduação, pós-graduação e para professores de disciplina de desenvolvimento, sustentabilidade e inovação. “O livro também é indicado aos políticos para que conheçam como é o funcionamento em outros países e como pode ser conveniente para sua região, levando em conta a realidade de cada lugar. Fundamentalmente destina-se aos empresários e aos empreendedores para conhecer as dificuldades, e as vantagens de incluir a inovação como mecanismo de sobrevivência, crescimento e oportunidade de novos mercados”.
Assessoria