O diretor financeiro da Itaipu Binacional, André Pepitone, destacou durante a sua fala no Zero Summit a capacidade que o Brasil tem em assumir o protagonismo na geração de energia limpa e renovável no mundo. Ele foi um dos palestrantes do primeiro dia da conferência, que aconteceu em Foz do Iguaçu nos dias 3 e 4 de novembro e reuniu instituições e empresas de diferentes setores para debater sobre iniciativas para a redução de gases causadores de efeito estufa.
De acordo com o diretor, há uma necessidade global de limpeza das matrizes energéticas, principalmente dos países europeus, que são muito dependentes dos combustíveis fósseis, caros e poluentes. Já a América Latina, com destaque para o Brasil, possui muitas possibilidades de produzir energia verde de forma mais barata e sustentável. “Estamos em uma região que tem capacidade de gerar muita energia limpa e renovável. Nós temos sol, temos vento, nós temos água. Temos uma condição de dar uma virada na nossa economia por meio dessa característica”, explicou.
Tema do evento, a transição para uma economia de baixo carbono é um dos desafios globais para os setores produtivos, que buscam alternativas para equilibrar o desenvolvimento econômico com os compromissos ambientais. Segundo especialistas, há uma preocupação cada vez maior com o ESG – sigla em inglês para ambiental, social e governança – que garanta um bom desempenho financeiro para as empresas, mas com redução dos problemas da sociedade.
Nesse sentido, Pepitone lembrou novamente as possibilidades oferecidas pelo mercado de geração de energia renovável, citando projetos em cidades de regiões com baixo IDH e que até pouco tempo não chamavam a atenção de investimentos. “A gente pode ver a revolução que isso está fazendo no nordeste do Brasil, primeiro com a eólica, agora com a solar. Isso gera emprego e renda. Há investimentos de 2 bilhões em municípios que até pouco tempo não se ouvia falar de investimento de um milhão”, destacou.
Sobre o evento
O Zero Summit é um evento que discute as melhores práticas e tendências de tecnologia que podem viabilizar um futuro sem carbono. Durante os dois dias foram debatidas temáticas sobre cidades inteligentes, agronegócio, economia circular, energia, mobilidade e hidrogênio verde, em painéis moderados com a presença de especialistas de diversas áreas, que compartilham com o público as experiências, cases e projetos que apresentam potencial de atingir as metas globais de descarbonização.
Pela Itaipu, além do diretor André Pepitone, a gerente do Departamento de Proteção Ambiental, Silvana Vitorassi, participou no primeiro dia durante o painel “Economia Circular”, no qual, junto ao gestor técnico do Centro de Inteligência e Gestão Territorial do PTI-BR, Rolf Massao, apresentou as ações do Programa de Gestão de Resíduos Sólidos, desenvolvido em 54 municípios do Oeste do Paraná e em Mundo Novo, no Mato Grosso do Sul.
Assessoria