O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-Foz) mostra que a cesta básica em outubro permaneceu praticamente inalterada, apresentando apenas uma pequena variação negativa de 0,02% em relação ao mês de setembro. O IPC-Foz é calculado pelo Centro de Pesquisas Econômicas e Aplicadas (CEPECON), da UNILA.
As maiores altas foram registradas nos preços dos tubérculos, raízes e legumes, com destaque para a batata – aumento de 23,5%. Essa alta é decorrência do final do período de colheita e consequente redução da oferta da batata no mercado. Além disso, a colheita também foi prejudicada pelas chuvas intensas registradas no mês de outubro, contribuindo ainda mais para a redução da oferta. Outro item que ficou mais caro no mês é a cebola, que aumentou 25% por conta da redução da oferta, uma vez que a safra foi finalizada em setembro.
O frango ficou cerca de 7,1% mais barato em outubro. Em contrapartida, os ovos estão 3,1% mais caros. No mês, o grupo aves e ovos apresentou redução de 9,3%. Carnes, de forma geral, também apresentaram queda (-2,6%), com destaque para o preço do patinho (-11,4%) e do contrafilé (-10%). Após sucessivos aumentos, o leite UHT apresentou queda de 4,4% e o leite em pó, redução de 1,07%. Outro item do café da manhã que está mais barato é o pão francês com queda de 2,1% nos preços.
Evolução
De janeiro a outubro de 2022, houve um grande aumento nos preços de vários itens, sobretudo aqueles de consumo comum nas famílias brasileiras, como o arroz, que teve alta 12,1% e o feijão, 23,1%. O leite UHT aumentou 35% desde o começo do ano – um dos principais produtos com altas de preços. O pãozinho francês apresentou aumento de 4,5% e a margarina ficou 26,2% mais caro. Entre as carnes, destaca-se a escalada de preços da carne de porco, com aumento de 11,3%. O contrafilé apresentou alta de 61,2% no período e a alcatra, 23,5%.
Os preços de produtos de higiene e limpeza, que têm um grande peso no orçamento familiar, também aumentaram no período. O sabão em pó ficou 31,3% mais caro na comparação com janeiro e o amaciante, 22,7%. Preços do papel higiênico e sabonete aumentaram 43%.
Cepecon