O novo bloqueio de orçamento promovido pelo governo federal atingiu todos os ministérios, mas a Educação sofreu o maior impacto. Dessa vez, o percentual foi de 5,8%, resultando em uma redução na possibilidade de empenhar despesas das universidades no importe de R$ 328,5 milhões. Este valor, se somado ao montante que já havia sido bloqueado ao longo do ano, perfaz um total de R$ 763 milhões em valores que foram retirados das universidades federais do orçamento que havia sido aprovado para este ano.
Na Universidade da Integração Latino-Americana (Unila), o bloqueio do orçamento totaliza R$ 1.886.911,63. Segundo a Programação Orçamentária Anual para 2022, o orçamento de custeio distribuído para as ações de fomento ao ensino, pesquisa e extensão, e para a manutenção da Universidade somava R$ 25.290.687,00.
Em termos de orçamento, os valores permanecem, porque não há corte de orçamento, mas sim restrição ou bloqueio para o empenho de despesas. A Reitoria está estudando as ações que poderão ser tomadas, e o esforço será para preservar as áreas finalísticas da Universidade: ensino, pesquisa, extensão e assistência estudantil. O bloqueio poderá ter consequências no pagamento de fornecedores, locatários e prestadores de serviço, que somam quase 300 contratos locais, regionais e nacionais.
“A situação concreta é que no momento estamos em uma situação de insolvência, ou seja, a mais contas para pagar até o final do ano, do que há dinheiro em caixa. É possível que acabe em uma situação de inadimplência, ou seja, de não conseguirmos cumprir com os credores”, disse o reitor Gleisson Brito.