Prefeitura promove campanha de enfrentamento à violência contra a mulher voltada a servidores

Ação alusiva ao “Agosto Lilás”, nesta sexta-feira (26) contou com palestras, lançamento de cartilha, aula de defesa pessoal e linha de atendimento a mulheres

A Prefeitura de Foz do Iguaçu, através da Diretoria de Saúde Ocupacional (DISO) e da Supervisão de Promoção Psicossocial, lançou nesta sexta-feira (26) a campanha “DISO por elas”, que contou com ações de oferta de palestras, lançamento de cartilha digital, aula de defesa pessoal e linha de atendimento a servidoras em situação de violência.

O evento, realizado no Centro de Educação Ambiental Bosque Guarani, integra as mobilizações alusivas ao “Agosto Lilás”, mês de enfrentamento à violência contra a mulher. Palestraram no encontro a secretária de Direitos Humanos, Kelyn Trento, a vereadora Yasmin Hachem e a psicóloga Karolaine Silva de Meneses. A aula de defesa pessoal foi conduzida pelo servidor Toríbio Ramão Silveira.

“A ação visa sensibilizar o olhar das servidoras e dos servidores para a realidade da violência contra a mulher. Essa ação é fundamental para que os trabalhadores possam identificar nos seus locais de trabalho, e também fora dele, mulheres que possam estar sendo vítimas de violência e denunciar a situação”, explicou a diretora de Saúde Ocupacional, Carla Conrad de Lima.

De acordo com Elis Ledesma, supervisora de Promoção Psicossocial da Diretoria de Saúde Ocupacional, dar visibilidade ao tema e divulgar informações sobre a violência contra a mulher é o primeiro passo para o enfrentamento das situações de abuso contra o gênero feminino. “A maioria dos problemas de saúde mental das mulheres está atrelada a algum tipo de violência sofrida em casa e percebemos que a grande maioria não reconhece a violência, que não é somente física, é também psicológica, patrimonial, entre outras”, explicou.

Linha de atendimento

Para enfrentar esse desafio e reverter o cenário, além da cartilha informativa digital, a Saúde Ocupacional também criou uma linha de atendimento a mulheres em situação de violência. “Estamos colocando à disposição a equipe técnica da diretoria para promover a escuta a essas mulheres, que poderão buscar apoio e orientação. Vamos direcioná-las para profissionais da psicologia e assistência social e fazer os encaminhamentos necessários na rede”, pontuou Elis.

As servidoras podem acionar o serviço através do telefone (45) 21059707, ou presencialmente na sede da Procuradoria Geral do Município, local temporário de funcionamento da Saúde Ocupacional.

Desconstrução

Além da conscientização das mulheres quanto à identificação dos sinais de abuso e violência, o evento também envolveu o público masculino. “É fundamental que os homens também possam identificar comportamentos naturalizados culturalmente, mas que são agressivos e violentos. A informação é primordial para a desconstrução das crenças e da subjugação da mulher pelo homem”, reforçou Carla.

O auxiliar de turismo Carlos Carneiro participou do encontro e falou da importância do engajamento dos homens no combate à violência contra a mulher. “É fundamental nossa participação enquanto homens, não podemos nos omitir, temos responsabilidade sobre a situação. Nós todos temos mães, irmãs, filhas e à elas, devemos todo respeito e carinho”, comentou.

Agosto Lilás

O “Agosto Lilás” faz referência ao aniversário da Lei Maria da Penha, instituída pela Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006 e foi instituído para promover conscientização pelo fim da violência contra a mulher. Desde a aplicação da legislação, avançou o sistema de notificação e identificação de dados que contribuem para dar visibilidade e fomentar políticas públicas de proteção às mulheres. Os indicadores continuam alarmantes e colocam o Brasil como um dos países com maior número de feminicídio. De acordo com a pesquisa Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher — 2021, realizada pelo Instituto DataSenado com o Observatório da Mulher contra a Violência, uma em cada quatro mulheres sofrem algum tipo de violência no país.

180

A Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180 presta uma escuta e acolhida qualificada às mulheres em situação de violência. O serviço registra e encaminha denúncias de violência contra a mulher aos órgão competentes, bem como reclamações, sugestões ou elogios sobre o funcionamento dos serviços de atendimento.

O serviço também fornece informações sobre os direitos da mulher, como os locais de atendimento mais próximos e apropriados para cada caso: Casa da Mulher Brasileira, Centros de Referências, Delegacias de Atendimento à Mulher (Deam), Defensorias Públicas, Núcleos Integrados de Atendimento às Mulheres, entre outros.

A ligação é gratuita e o serviço funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana. O Ligue 180 atende todo o território nacional e também pode ser acessado em outros países.

Assessoria

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