O Jornal da Cultura entrevistou nesta quarta-feira (24), o candidato ao Senado Federal, Sérgio Moro (União Brasil), ex-juiz federal e ministro da Justiça. Moro defendeu a necessidade de o Paraná ter senadores indepedentes, que ajudem a fiscalizar os atos do executivo.
“O Paraná precisa de senadores fortes e independentes. O Senado, por exemplo, aprova ou reprova as indicações do presidente para o Superior Tribunal Federal”. O ex-juiz lembrou da indicação do médico Barata Ribeiro, ao STF, pelo presidente Floriano Peixoto, em 1893 e que teve a indicação negada pelo senado.
“Desde então, o Senado foi um carimbador, embora tenha gente boa no Supremo, historicamnete falando, não dá pra dizer que 100% das indicações foram positivas. Então o que a gente percebe dos senadores, um: de dizer não ao presidente da República e dois: de dizer não a um potencial ministro do Supremo. Então, a gente tem que ter lá no Senado gente que tenha coragem de dizer não”, disse.
O candidato negou qualquer possibilidade de um futuro apoio a Lula, à presidência da República. Segundo Moro, isso foi fake news. “Jamais apoiaria o Lula, isso ao contrário de ferir meus princípios e valores, é exatamente afirmá-los. Eu não posso apoiar um governo como o do PT, que foi envolvido em tantos escândalos de corrupção, como o ‘Mensalão’ e ‘Petrolão’ e não fez a lição de casa de dizer ‘nós erramos'”, disse.
Moro afirmou que ainda existe um problema grave no país de desvio de recursos públicos e que hoje é vendida a ideia errada de que combater a corrupção prejudica a econonomia. “O que prejuducou a economia, o que prejudicou essas empresas foi o envolvimento delas na corrupção”, disse.