A Prefeitura de Foz do Iguaçu, ao lado de entidades parceiras, iniciou um novo grupo de trabalho que irá monitorar possíveis casos de acumuladores compulsivos no município. A equipe se reuniu nesta quarta-feira (27), junto ao Comitê Municipal de Controle e Prevenção da Dengue e Covid-19.
A comissão será composta por representantes das secretarias de Saúde, Educação, Segurança Pública, Fazenda, Meio Ambiente, além do apoio de instituições de ensino, como a Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila) e Universidade Federal do Paraná.
Com o envolvimento integrado, o grupo prevê a criação de políticas públicas que contribuam para evitar a propagação de casos e resolução das situações que já acontecem no município.
O primeiro passo do trabalho será feito pelo Centro de Controle de Zoonoses, a partir do monitoramento e identificação das situações em residências, caracterizadas pelo acúmulo excessivo de objetos, resíduos ou animais em locais com pouca higiene e insalubres.
De acordo com Renata Defante, supervisora técnica da divisão de Controle de Zoonoses, a problemática dos acumuladores é um tema que os agentes de endemias do CCZ enfrentam constantemente.
“Com uma comissão formada, nós conseguiremos envolver outras secretarias e órgãos para buscarmos em conjunto uma solução para essas demandas. Os casos chegam até nós por denúncias e também em vistorias, por isso precisamos identificar essas situações para buscar uma solução e planejar as ações futuras”, afirmou.
Demanda de saúde pública
Conforme explica Walfrido Svoboda, professor mestre do curso de Saúde Coletiva da Unila, a acumulação compulsiva é considerada uma demanda de saúde pública, além de ser um transtorno que segue aumentando em diversos países.
“Esses objetos acumulados de maneira irregular se transformam em criadouros para o mosquito Aedes aegypti, por exemplo. Quando falamos em acumulação de animais, temos o problema da falta de cuidado ideal e higiene necessária, o que se torna um problema para todas as pessoas ao redor”, detalhou.
PMFI