A presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, disse neste domingo (17), que pedirá a federalização e reabertura do inquérito policial que investigou a morte do guarda municipal e tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu, Marcelo Arruda, morto por um apoiador do presidente Jair Bolsonaro, no último dia 9 de julho.
Gleisi participou nesta manhã do ato denominado “Paz e Justiça por Marcelo Arruda”, que reuniu a família, amigos, representantes sindicais e politicos em Foz do Iguaçu.
“Achamos que foi um inquérito açodado, não investigou em profundidade. Nós queremos saber se esse rapaz que assassinou Marcelo, tinha alguma ligação com alguma organizção, agia incentivado por quem, quais eram as ideias que ele tinha. Porque isso não é um caso isolado, disse Gleisi.
Gleisi disse ainda, que os advogados do partido foram colocados à disposição da família de Marcelo Arruda e que na última semana, esteve na Procuradoria Geral da República (PGR) e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Inquérito
Na quinta-feira (14), a Polícia Civil do Paraná (PCPR) concluiu o inquérito do homicídio de Marcelo Arruda. O agente penal federal Jorge Guaranho, foi indiciado por homicídio duplamente qualificado por motivação torpe e por colocar em risco a vida de outras pessoas. No entanto, a delegada do caso, Camila Cecconello, após ouvir 17 testemunhas e analisar as imagens da festa onde o petista foi morto, disse que a acusação de crime político não se aplica ao caso.
Porém, a delegada esclareceu que novos fatos poderão ser incluídos ao caso, após o resultado da perícia do celular do agente federal, que segue internado na UTI do Hospital Ministro Costa Cavalcanti, em Foz do Iguaçu.