Desde quinta-feira (17) é registrado um movimento intenso de veículos na fronteiriça entre Foz do Iguaçu e Puerto Iguazú, na Argentina, pela Ponte Internacioonal Tancredo Neves. Na sexta-feira, motoristas relataram uma demora de mais de 4 horas para entrar e sair do país vizinho. No sábado, a fila chegava à 2 quilômetros. O movimento se deve aos feriados prolongados de Corpus Christi, no Brasil e de Martín Miguel de Güemes, na Argentina.
O presidente da Associação de Hotelaria e Gastronomia de Puerto Iguazú (AHGAI), Diego Bruno, disse que a demora para entrar na Argentina faz com que o setor perca turístas. “É uma situação muito triste, está nos fazendo perder recursos econômicos e oportunidades para todos os cidadãos de Iguazú, da Província de Misiones e da Nação, porque são turistas ou moradores de cidades fronteiriças que querem vir à nossa cidade para gastar e estamos bloqueando essa possibilidade.”
Bruno informou que a Associação trabalha para implantar na fronteira um corredor turístico, onde moradores de Foz do Iguaçu, Cidade do Leste (PY) e Puerto Iguazú, possam circular livremente pelos atrativos turísticos da região. Ele adimite que muitas vezes os visitantes não querem ir a Puerto Iguazú devido a demora para atravessar a fronteira. “A verdade é que não estamos entendendo que existem duas situações muito favoráveis: uma delas é a diferença cambial que nos favorece e a segunda, é que nossos vizinhos paraguaios e brasileiros apoiam nossopedido”.
Por fim, indicou que a situação na fronteira é um problema muito antigo e como presidente do AGHAI, estabeleceu como principal objetivo de trabalhar na palicação do Corredor Turístico.
A proposta de Corredor Turístico inclui uma rota de conexão entre os países vizinhos, Argentina (Puerto Iguazú), Brasil (Foz) e Paraguai (Cidade do Leste) onde os moradores poderiam visitar as diferentes atrações turísticas, circulando livremente. A proposta ainda prevê a necessidade da liberação migratória quando a viagem for para além das cidades da fronteira.