Até esta sexta-feira (10), Foz do Iguaçu será o palco nacional de debates sobre o futuro da Assistência Social, combate à fome e desproteções. Representantes de mais de 20 estados estarão participando do 22º Encontro do Colegiado Nacional de Gestores de Assistência Social (Congemas), que iniciou na quarta-feira (8).
O foco das discussões será a busca pelo financiamento do Governo Federal para a Assistência Social dos municípios, que hoje arcam com 90% das despesas anuais. Os gestores buscam a aprovação da PEC 383/17, que consolida o Sistema Único de Assistência Social (Suas), que garante o orçamento automático.
Durante a abertura do evento, o prefeito Chico Brasileiro destacou o trabalho realizado em Foz para a construção do SUAS desde o início da gestão – incluindo a ampliação do orçamento para a pasta, que passou de R$ 22 milhões em 2017, para R$ 43 milhões em 2022.
“Pela primeira vez na história de Foz do Iguaçu, políticas para a assistência social estão sendo criadas. Sabemos como essa luta já dura há anos em todo o Brasil, com muitas pessoas envolvidas. Todos nós precisamos ter esse compromisso de fazer com que o SUAS seja implantado e cumprido em cada canto do Brasil”, afirmou Chico.
O secretário de Assistência Social e presidente do Congemas, Elias de Sousa, também citou os avanços da cidade e alertou para a necessidade de uma união entre todos os poderes públicos na construção de política social justa e que promova o atendimento digno aos usuários.
“O SUAS alcançou a centralidade durante a gestão, dando esse primeiro e fundamental passo. Porém, não é assim em grande parte dos municípios do Brasil, e por isso estamos aqui para exigir esse fortalecimento e garantir que a insegurança alimentar não se agrave da maneira que está”, alertou Elias.
Gestores municipais
A previsão é de que aproximadamente duas mil pessoas participem dos três dias de evento. Grande parte do público é formada por gestores municipais que estiveram na linha de frente durante os períodos críticos da pandemia para o atendimento à população.
Para a secretária nacional de Assistência Social, Maria Yvelônia dos Santos, o trabalho desses profissionais foi essencial para salvar vidas de milhares de brasileiros.
“Sem cada um dos profissionais, não haveria atendimento. Só foi possível criar uma rede de atendimento por conta da segurança que tínhamos nesses trabalhadores, como a ampliação em quase 90% do atendimento nos Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), que não deixaram ninguém sem atendimento”, elogiou.
Agência Brasil