A Receita Federal Brasileira prevê movimento recorde de cargas no Porto Seco de Foz do Iguaçu/PR. A previsão é que mais de 98 mil caminhões passem pela aduana brasileira somente no primeiro semestre de 2022. A estimativa é 21% maior que o mesmo período de 2016 quando havia sido registrado o maior número de liberação de cargas nos últimos 20 anos (81.270 cargas), e 41,4% maior quando comparado ao mesmo período de 2021 (69.771 cargas).
Em relação ao ano de 2021, a Receita Federal divulgou que passaram pelo Porto Seco de Foz do Iguaçu mais de 169 mil caminhões ao longo do ano, representando uma alta de 4,8% em relação ao ano de 2020.
Segundo dados da Receita Federal o Porto Seco de Foz do Iguaçu, operado pela Multilog, se mantém como o maior da América Latina nas operações de cargas.
Os dados também mostram que Argentina, Chile e Paraguai foram os países que mais movimentaram cargas no âmbito internacional. O Paraguai se mantém como líder de exportações, representando 41% de todas as operações registradas no período.
O valor movimentado no último semestre de 2021 foi de aproximadamente US$ 2,6 bilhões, sendo cerca de US$ 1,5 bilhão de exportações e US$ 1,1 bilhão de importações.
Os gêneros mais importados foram soja, alumínio, ferro, têxtil, arroz, trigo e milho. Os principais gêneros exportados foram derivados de celulose, plásticos, fertilizantes, maquinários agrícolas, veículos, peças, aço e madeiras.
Francisco Damilano, Gerente de Operações de Fronteiras da Multilog, relatou a importância de se manter na liderança como o maior porto seco da américa latina.
“É muito importante para o grupo Multilog ter um Porto seco de fronteira como maior da América Latina em movimentação de cargas, pois esse é o dos motivos que nos tornam a referência logística. A nossa marca se torna mais visível, nossos colaboradores se sentem mais motivados e reconhecidos.”
FRANCISCO DAMILANO, GERENTE DE OPERAÇÕES DA MULTILOG.
Apesar dos índices satisfatórios a classe de caminhoneiros não hesita em criticar o Porto Seco de Foz do Iguaçu pela demora nos procedimentos internos de liberação aduaneira e também pelas filas quilométricas de caminhões para ingressar no Porto.
“Demorei uma semana para ser liberado, entrei no Porto na segunda e saí na terça da outra semana. Tem casos que você é chamado num dia e liberado no outro, mas é muito difícil isso acontecer. Em diversos meses eu só consigo fazer uma ou duas viagens no mês por conta da demora do Porto Seco.”
OSÓRIO FERREIRA, CAMINHONEIRO AUTÔNOMO.
Já a empresa que administra o Porto Seco assegura que adotou medidas para agilizar os processos e garantir segurança nas operações.
Segundo a própria administradora as medidas trouxeram inovações e soluções práticas. Uma das soluções criadas foi o pré-cadastro on-line para exportação, no qual facilita e agiliza o ingresso dos caminhões no Porto Seco. Para ampliar as medidas a prestadora de serviço realizou estudos e atualizou o sistema de relacionamento do “Genius”, o portal do cliente.